O Rio Grande do Sul é o quinto estado brasileiro com maior número de doadores: são 12 em um milhão de pessoas. Mesmo assim, a maioria das famílias não autoriza a doação após declarada a morte encefálica do paciente, mesmo que ele tenha manifestado o desejo em vida. Atualmente, há quase 1,3 mil pessoas na lista de espera por um transplante, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo acima).
Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma queda de 12% no primeiro semestre de 2014 em comparação ao mesmo período do ano passado, com 141 cirurgias a menos. Um dos principais problemas do estado é que apenas 30% dos parentes dos familiares abordados pelas equipes de captação concordam com a doação dos órgãos.
No entanto, para tentar reverter este quadro, a nova campanha do Ministério da Saúde tem foco na sensibilização familiar.
“Não adianta nada as pessoas simplesmente dizerem: ‘Ah, eu sou um doador de órgãos’, mas na hora em que os entrevistadores, a equipe dos nossos serviços de transplante abordarem a família, a família não fazer a confirmação. Nós temos hoje um patamar já muito importante: 55% das famílias confirmam a doação a partir do desejo, de um manifesto do doador, mas é preciso avançar”, avalia o ministro Arthur Chioro.
O transplante de córneas ainda é o mais realizado no Rio Grande do Sul. No primeiro semestre deste ano foram 450 cirurgias. Em segundo lugar estão as cirurgias de rins, com 332 procedimentos.
Depois vêm os transplantes de fígado, medula óssea, pulmão e coração. Ao todo, foram 975 procedimentos no estado, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
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