O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmerman, descartou a possibilidade de falta de energia durante a Copa do Mundo, entre 12 de junho e 13 de julho. De acordo com ele, o suprimento está garantido até o final de 2015. A informação foi divulgada na manhã de segunda-feira (2), durante o VI Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, na Fundação Getulio Vargas (FGV), Zona Sul do Rio.
“Isso é uma pergunta tranquila [se faltará luz na Copa], no sentido de que, a partir de eventos extremos, nos meses de março, abril e maio, o sistema veio melhorando. Então, estamos com tranquilidade. Nós não falamos nesse meio [período], falamos em final de 2015. Até lá, o suprimento está garantido para aquilo que o sistema foi planejado”, afirmou.
“O que nós temos mostrado, baseados em estudos técnicos, é que os riscos descartam, pelo atual quadro, qualquer hipótese de racionamento. Nós continuamos acompanhando o sistema com atenção, mas, de qualquer forma, descartamos essas hipóteses”, reforçou.
De acordo com o secretário-executivo, o sistema do setor elétrico já é projetado com um determinado nível de risco.
Apesar disso, segundo Zimmerman, as condições atuais das hidrelétricas podem fazer com que as tarifas de energia no país fiquem mais caras. “É claro que uma condição de seca implica naturalmente em você ter, para quem trabalha em um mercado de curto prazo, preços maiores.”
No Brasil, quase 80% da energia vem das hidrelétricas, que dependem das chuvas. Desde o início do ano, porém, a estiagem tem causado redução no nível dos reservatórios. Se chove pouco, a energia encarece, já que para poupar água foram acionadas usinas térmicas (movidas a combustíveis), uma forma mais cara de produzir eletricidade. Para atender os consumidores, as distribuidoras também começaram a comprar energia antecipadamente das usinas geradoras, o que tem um custo mais alto.
O secretário-executivo de Minas e Energia explicou, ainda, que vem acompanhando a cada mês as previsões de chuva para o país. Isso tem ocorrido desde janeiro, quando houve dois meses de vazões baixas. E os relatórios, aponta Zimmerman, têm mostrado que o sistema reagiu bem, pelo fato de estar equilibrado. “Isso nos permite ter tranquilidade, vamos acompanhar com atenção, mas nos dá tranquilidade de que o sistema brasileiro vai atender a sociedade tanto neste ano quanto no ano que vem, dentro daquilo que foi planejado”, completou.
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