O autor do latrocínio ocorrido na quarta-feira, 4/12, na cooperativa de crédito Unicred foi preso na noite de sábado, 7/12, enquanto praticava outro assalto, desta vez em uma mercearia.
Paulo César Rodrigues Silveira, de 34 anos tem várias passagens pela polícia e estava em liberdade condicional. Ele deixou a Penitenciária Modulada de Ijuí no último dia 22, onde cumpria pena por roubo de carga, exatos 12 dias antes do crime que vitimou Carlos Alfredo Gonçalves de Lima, de 38 anos.
Natural de São Borja, Paulo César é conhecido como “Psicopata” e, segundo o que ele próprio disse na Delegacia de Polícia, é autor de outros dois homicídios em sua terra natal. Ele teria assassinado dois policiais militares.
A prisão
A prisão do assassino que revoltou a comunidade uruguaianense aconteceu em uma mercearia no bairro Nova Esperança II e teve a participação direta dos moradores. Por volta de 21h30min, acompanhado do enteado de 16 anos, D.H.R.S., “Psicopata” entrou no local e anunciou o assalto. O proprietário do estabelecimento, Jeferson, não reagiu e entregou o que tinha no caixa, mas o bandido queria mais e fez o comerciante, sua esposa, grávida de sete meses, uma funcionária do casal e dois clientes de refém. Adriana, a esposa, lembra dos momentos de pânico que passou e disse ter reconhecido o homem assim que o viu.
Um morador, seu Antônio, que é cliente da mercearia percebeu o que acontecia ao se aproximar do local para efetuar uma compra. Ele foi até a casa de uma vizinha e chamou a polícia.
Do momento da ligação para a Brigada Militar até a chegada dos policiais ao local, os vizinhos correram para a frente da mercearia não permitiu que o bandido deixasse o local; eles jogavam pedras na direção da casa, fazendo com que Paulo César não pudesse sair da residência. Logo a Brigada Militar cercou o local.
A identificação
Após a prisão de Paulo César e apreensão de seu enteado, os dois foram levados ao Pronto Socorro Municipal, pois se machucaram enquanto tentavam fugir pelo telhado da casa.Foi no Pronto Socorro que os policiais perceberam tratar-se do assassino de Carlos Alfredo.
Após os cuidados médicos, ambos foram apresentados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde foram recebidos pelo delegado plantonista, Marcos Eduardo Pepe e pelo delegado Rodrigo Morale, titular da Defrec, encarregado pelas investigações que apuram o assassinato de Carlos Alfredo.
“Psicopata” chegou a confessar o crime e contou para os policiais detalhes do que ocorreu na fatídica tarde. No entanto, quando foi prestar depoimento oficialmente, o homem achou que já tinha falado de mais e decidiu calar.
Os crimes
Paulo César roubou cerca de R$ 1 mil da mercearia. Apesar do susto, os cinco reféns passam bem. Ninguém se feriu. Paulo foi preso em flagrante por este crime e o enteado de 16 anos foi apreendido.
Em sua confissão “extraoficial”, o bandido contou como foi sua ação na Unicred. Ele disse que, ao perceber que um homem portava uma grande quantia em dinheiro, começou a segui-lo entrando no prédio onde fica a agência da Unicred, embarcou no elevador junto com ele, e com ele entrou na agência bancária. Paulo sentou e observou o ambiente por alguns instantes, levantou-se já com um revólver calibre 32 em punho, calçou o vigilante, apontando-o para a cabeça do trabalhador.
Neste momento Carlos reagiu e tentou desarmar o assaltante; ato continuo, os dois entraram em luta corporal e Carlos resvalou, caindo no chão, deixando seu oponente em vantagem. Na sequencia da luta, ambos caíram ao solo e o bandido consegui atingir o vigilante na cabeça. Com Carlos Alfredo já fora de ação, “Psicopata” o revistou e desarmou para evitar, segundo ele, ser atingido durante a fuga, que empreendeu logo em seguida levando a arma do trabalhador. “Psicopata” disse ter jogado a arma no viaduto da BR 290 e também afirmou ter agido sozinho e fugido a pé.
Desde o final da madrugada de domingo, Paulo está na Penitenciária Modulada de Uruguaiana.
O vigilante
Carlos Alfredo Gonçalves de Lima levou um tiro na cabeça e recebeu os primeiros socorros em um Posto de Atendimento existente no mesmo prédio, sendo logo após levado à Santa Casa de Caridade, onde foi submetido a uma cirurgia e induzido ao coma. Ele não resistiu e faleceu na tarde de sexta-feira, 6/12, deixando esposa e dois filhos.
1 comentários:
Parabéns aos advogados e juízes que o mantiveram solto esse tempo todo. Não é culpa da lei, é dos homens que não a cumprem.
Marginal é esperto, mata trabalhador e policia, mas nunca advogado ou juiz, porque será?
Alias garabto que já têm CHINELÃO defendendo ele, advogadozinho de porta de cadeia.
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