A afirmação é do analista de engenharia da Valec, Bruno Costa, na audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal, em Santa Maria, nesta sexta . A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, e a STE Engenharia são responsáveis pelo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que vai servir de base para a definição do traçado da ferrovia.
O analista da Valec apresentou detalhadamente todos os processos dos estudos que são realizados para a avaliar o traçado. Entre os parâmetros, há questões ambientais, geográficas, logísticas e econômicas. O estudo aponta que o caminho deverá passar por Santa Maria. “As alternativas que as pesquisas apontam mudam na parte ligando Pato Branco (PR) a Cruz Alta (RS). Depois disso, uma das opções mais viáveis é passar por Santa Maria em direção a Cachoeira do Sul, chegando ao Porto de Rio Grande”, disse Costa.
Conforme o proponente do encontro, deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), a atividade de hoje consolida os estudos preliminares já apresentados na audiência pública realizada em Porto Alegre em novembro. “ É praticamente certo que Santa Maria e a Região Centro serão um dos endereços da Ferrovia Norte-Sul no Estado. A mobilização realizada ajudou muito nesse processo”, salienta Valdeci.
A previsão da Valec e do Ministério dos Transportes é definir oficialmente o traçado da Ferrovia Norte-Sul em abril do ano que vem e, posteriormente, realizar a licitação do projeto técnico da obra. A construção desta ferrovia, que vai interligar o Estado do Pará ao Porto de Rio Grande, faz parte da meta de reestruturar o transporte ferroviário no país e reduzir os custos no escoamento da safra agrícola. Segundo o representante da Superintendência do Porto de Rio Grande, Ademir Casartelli, o porto é um elo fundamental da cadeia logística. “Cerca de 90% das mercadorias comercializadas no mundo passam pelo transporte marítimo.
Muitos investimentos estão sendo feitos nos portos, mas não haverá retorno se não investirmos em todos os modais de transportes que acessam os portos. Os modais de transportes não são adversários, são complementares”, disse Casartelli.
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