O advogado Hamilton Beheregaray Sanchotene, que criticou a ineficiência e companheirismo que diz presenciar no Judiciário de Uruguaiana, se manifestou novamente ao tomar conhecimento dos esclarecimentos feitos pelo juiz diretor do Fórum, Ricardo Andrade.
“Em primeiro lugar, cumpre-me reafirmar meus respeitos a todos os componentes do egrégio Poder Judiciário, de todos os níveis, muito embora, por ser fato público e notório, ninguém desconheça as graves dificuldades enfrentadas pela instituição em dar respostas suficientes e eficazes aos conflitos de interesses postos a sua apreciação”, diz ele.
Quanto aos números apresentados pelo magistrado: de que desde janeiro até a data de seu esclarecimento iniciaram 23.416 processos e foram extintos 25.892, o advogado diz duvidar. “Reputo tais números, respeitosamente, sob profunda suspeita, dado ao grau e numero de descontentes encontrados entre os operadores do direito, agravados em seu mister diante do ritmo letárgico em que se dá o andamento processual, onde a prestação definitiva da Justiça cada vez tarda mais”, diz.
Ao ser questionado sobre as informações de produtividade dos magistrados através do Portal da Transparência, Sanchotene diz que o Portal, se hoje é transparente, não obedece a uma transparência espontânea, fruto de ares democráticos, e sim por imposição de instância superior.
Sanchotene ainda invocou, “como supedâneo à legitimação de minha critica, os apelos feitos por uma autoridade judiciária atuante em nossa comarca, em programa radiofônico local, conclamando a clientela do Poder Judiciário ao comparecimento em audiência pública que se realizou nas dependências do Salão do Júri, a fim de manifestar suas inconformidades”.
Ao referir-se a ausência de citação da ré no processo que citou como exemplo, AES Sul, Hamilton negou que tenha fornecido o endereço errado. “Reafirmo que declinei o endereço correto da mesma, sendo o mesmo literalmente ignorado. Quando ao segundo endereço, foi por mim fornecido diretamente à servidora, com número e CEP, em cartório”, disse.
“Exerci de forma honesta e transparente meu direito à critica, despido de qualquer outro propósito ou sentimento que não seja registrar, sob minha ótica e de milhares de cidadãos, a impressão que se vem colhendo em sociedade, sobre as dificuldades enfrentadas no andamento dos processos”, finalizou.
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