terça-feira, 19 de abril de 2011

Corte de R$ 1,5 milhão ameaça trabalho da PRF na fronteira gaúcha

A tesourada que o governo federal determinou em despesas com diárias, passagens e locomoção, há cerca de um mês, está tendo reflexos nas atividades da Polícia Federal (PF). Por conta da contenção de gastos, postos de fronteira da PF no Estado estão sob ameaça de fechamento. Além disso, as regras do decreto governamental estariam interferindo numa das principais características do trabalho dos federais: o sigilo.
O corte tirou R$ 1,5 bilhão do orçamento de 4,2 bilhões previsto para o Ministério da Justiça, pasta à qual a PF está subordinada. Logo que a medida foi anunciada, postos da PF na fronteira chegaram a ser fechados, pois o deslocamento de agentes lotados em outras cidades para o trabalho dependia de autorização de Brasília. Contornado o problema imediato, agora o foco é mesmo falta de dinheiro.

Os cortes
Em reunião na quinta-feira com líderes regionais, em Porto Alegre, o superintendente da PF, Ildo Gasparetto, afirmou que por enquanto haverá uma redução de pessoal na Fronteira e que as operações estarão mantidas até o final de abril. — Vamos manter apenas um agente e, os demais, de prontidão, caso seja necessário. Hoje, teremos reunião com representantes do Pronasci e vamos negociar recursos.
A possibilidade de fechamento dos postos de Porto Mauá e Porto Xavier, municípios que fazem divisa com a Argentina, preocupa as autoridades locais. Atualmente, cada posto conta com dois agentes, que se deslocam de Santo Ângelo para as duas cidades, recebendo diárias pelo serviço.
No ano passado, a mesma situação foi vivida pelos dois municípios. Em julho, após muita negociação, o governo federal prometeu manter as operações pelo menos até o final do ano. Agora, os municípios buscam uma solução definitiva.

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