O Tribunal do Júri de Uruguaiana reuniu-se ontem, 26/6, quando julgou Leandro Cleni Ajala Martins, conhecido como ‘Teto’, de 31 anos, acusado de homicídio qualificado.
De acordo com o Ministério Público, ‘Teto’ matou a facadas Alexsander Gomes Brum. O crime ocorreu no dia 1º de junho do ano passado, por volta de 00h40min, na Rua Marechal Floriano Peixoto, bairro Boa Vista. Conforme a denúncia do Ministério Público, o homem desferiu vários golpes contra a vítima, que era sua ‘amiga’.
De acordo com o MP, vítima e acusado caminhavam juntos, em via pública, quando ‘Teto’ atacou o companheiro. Para o MP, o crime foi cometido por motivo fútil, em razão de um desentendimento por conta de um telefone celular e a possibilidade de este ser trocado por drogas; e ainda com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, já que esta foi pega de surpresa, enquanto transitava em via pública, desarmada, na companhia do denunciado, seu amigo, o que lhe reduziu a possibilidade de defesa.
O Ministério Público foi representado pelo promotor Luiz Antônio Barbará Dias, já a defesa ficou a cargo da defensora pública Daniela Arend. Barbará pediu a condenação de ‘Teto’ e lembrou que o rapaz é reincidente. “Esse homem é um bandido perigosíssimo, com vários antecedentes e seis condenações criminais, que tomam 33 anos e meio de prisão. E respondeu preso por este crime”, destacou. Já a tese da defesa foi negativa de autoria, o que convenceu o Corpo de Jurados. ‘Teto’ foi absolvido.
Recurso
Ainda na tarde de ontem o Promotor ingressou com um recurso do Tribunal de Justiça visando anular a sessão de julgamento e fazer com que ‘Teto’ vá novamente a júri. Certo da culpa do acusado, Barbará se diz esperançoso em relação a decisão do TJ. Entendemos que a decisão dos jurados foi é manifestamente contraria aos autos, e buscaremos reverte-la em segunda instância, tendo certeza de que se trata um marginal, que matou covardemente um amigo”, diz Luiz Antônio.
Preso
Apesar de ser absolvido e de ter o alvará de soltura referente a este processo expedido pelo juiz Guilherme Machado da Silva, Leandro Cleni Ajala Martins continua preso. Isso porque ele tem outra prisão preventiva decretada em razão de outro crime, ainda em investigação, além das penas referentes às condenações transitadas em julgado.
Gabriela Barcellos
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