segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Setor arrozeiro pede mudanças em portaria sobre fitossanidade


Nestor Tipa Júnior

Com o auditório lotado por produtores de arroz e autoridades, a reunião da Câmara Setorial do Arroz mobilizou o setor na manhã desta quinta-feira, dia 16 de fevereiro, durante a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha (RS). Na pauta, temas relacionados ao mercado do grão. Representantes da cadeia produtiva apresentaram a situação dos arrozeiros e as perspectivas de produção nesta fase que a colheita será aberta.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho, a realização da reunião aberta aos orizicultores foi fundamental para que haja um entendimento por parte dos produtores sobre os assuntos que são tratados em Brasília. “Tivemos uma reunião muito produtiva, estas reuniões com exclusividade com os membros da câmara não trazem a informação da forma como ela é discutida nos encontros”, salienta.
Entre as discussões, conforme o dirigente, a que mais chamou a participação do público foi a entrada do arroz importado no país. De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a sintonia entre governo federal e a cadeia produtiva vem trazendo avanços nesta área. “Enquanto cadeia produtiva estamos evoluindo. Diferentemente de outras cadeias, nós conseguimos manter o equilíbrio e harmonia tanto que não houve nenhuma intenção do governo em permitir a entrada de arroz importado mesmo em um momento de escassez do produto”, observa.
Coutinho informa que foram aprovadas duas moções para serem levadas ao Ministério da Agricultura. A primeira delas é o reforço de uma solicitação para a pasta para que tome medidas mais contundentes em relação às taxas de ICMS para produtos da cesta básica. Além disso, foi pedida a inclusão do arroz na Portaria 82, que define as pragas de maior risco fitossanitário nas principais culturas agrícolas nacionais para fins de priorização dos processos de registro de produtos e tecnologias de controle, na qual o arroz não foi incluído. “Temos uma necessidade em função de ervas daninhas resistentes e por ser uma cultura muito localizada no Rio Grande do Sul, temos as dificuldade de altos custos. A inclusão do arroz vai possibilitar a entrada de empresas trazendo o barateamento ao produtor de alguns princípios ativos”, ressalta.

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