segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Novo ensino médio brasileiro agora é lei

Karine Ruviaro

O presidente Michel Temer sancionou na quinta-feira, 16/2, o projeto de lei da reforma do ensino médio, que promove diversas alterações na carga horária e estrutura curricular dessa etapa do ensino.  O projeto, apresentado como uma medida provisória ao Congresso Nacional foi alvo de críticas de partidos de oposição e levou a  resultando na ocupação de escolas públicas por todo o País.
Agora, o novo ensino médio brasileiro é lei. O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que a proposta - em três anos-, é dobrar a oferta de educação em tempo integral na rede pública do ensino médio. Disse ainda que as propostas curriculares da reforma só devem estar efetivamente implantadas na rede pública em 2019. Isso vai acontecer porque o novo modelo depende da aprovação da Base Nacional Comum Curricular, ainda em elaboração pelo MEC (Ministério da Educação) e que só deve ser homologada ao final deste ano. Dessa forma, as escolas teriam o ano de 2018 para preparar a migração para o novo modelo.
Reformas
Carga horária: uma das principais mudanças está em relação ao tempo de permanência dos estudantes em sala de aula. A partir da medida provisória, está previsto que a carga-horária escolar passe das atuais 800 horas anuais para 1.000 horas, sendo 5 horas diárias. Com o passar do tempo, a carga horária deverá ser ampliada para 1.400 horas por ano, ou seja, sete horas diárias.
Currículo escolar: até então, os estudantes eram obrigados a cursar 13 disciplinas durante os três anos: português, matemática, biologia, física, química, filosofia, geografia, história, sociologia, educação física, artes, língua estrangeira e literatura. Agora, algumas disciplinas que hoje são obrigatórias vão ter um peso menor, e poderão ser distribuídas ao longo dos três anos, de uma forma diferente, como complementares.
A regra será a seguinte: matemática, português e inglês são disciplinas obrigatórias; filosofia, sociologia, artes e educação física também são obrigatórias, mas vão entrar no currículo como conteúdo, ou seja, podem estar inseridas em outras disciplinas, como História, por exemplo; as outras disciplinas, como biologia, química e física, serão cobradas somente na “base curricular”, que será comum para todos os alunos. Posteriormente, ao longo do ensino médio, os estudantes poderão escolher uma das cinco áreas de conhecimento de interesse, que são ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais; linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias e formação técnica e profissional.

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