segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Defrec faz buscas atrás da origem das dinamites

Gabriela Barcellos

A Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), coordenada pelo delegado Enio Tassi, cumpriu três mandados de busca e apreensão no início da manhã de ontem, 17/2. A ação integra a investigação que apura a origem dos explosivos encontrados em uma casa, no cruzamento das ruas General Hipólito e Joaquim Murtinho na última terça-feira, 14/2.
Dois dos mandados foram cumpridos no bairro São João, na casa de um suspeito e de um conhecido associado dele. O terceiro, foi cumprido no centro da  cidade, em um estabelecimento comercial na Rua XV de Novembro, do mesmo suspeito e sua mulher.
No momento da chegada da polícia, tanto o suspeito quanto a esposa estavam na casa, juntamente com três filhos menores, de oito, treze e quatorze anos. No local foram apreendidos dois telefones celulares e R$ 5 mil. Os dois adultos foram levados à Defrec para prestar depoimento. O homem confirmou que conhece a família alvo dos explosivos, mas negou qualquer participação no fato e disse não saber de nada sobre o assunto. Questionado pelo delegado sobre a origem dos R$ 5 mil encontrados sob sua posse, ele contou duas versões diferentes. Inicialmente disse tratar-se de valores referentes a venda de alguns objetos, que teria ocorrido recentemente. Logo depois, contou que o valor, na verdade, pertencia a sua esposa e era oriundo de uma rescisão de trabalho. A mulher confirmou a segunda versão. O homem já tem passagens pela polícia e cumpriu pena por tráfico de drogas.
Há pelo menos outras duas linhas de investigação sendo trabalhadas pela Polícia Civil. No entanto, de acordo com Tassi, qualquer informação agora pode gerar dano à investigação, razão pela qual ele preferiu não se manifestar.

O fato
O encontro de duas bananas de dinamite na casa foi comunicada à Polícia Civil pelo morador, Francisco Fábio Flores dos Santos, de 55 anos, que contou ter encontrado uma banana de dinamite nas proximidades da porta da residência e outra nas proximidades de uma escada.
Ao constatar a veracidade do fato, a Polícia Civil acionou a Brigada Militar, que foi responsável pela vigilância no local, e o Exército Brasileiro para que desse destino aos explosivos. No entanto, alegando não se tratar de explosivos militares, o Exército decidiu não atuar na remoção, sendo necessária a vinda a Uruguaiana do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Brigada, sediado em Porto Alegre.
O Gate chegou em Uruguaiana pouco antes das 2h de quarta-feira, 15/2. As bananas de dinamite foram levadas a um terreno baldio e explodidas por volta de 3h30min.

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