segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Escolas estaduais preparam o retorno às aulas


Karine Ruviaro

Com o início do ano letivo programado para acontecer no dia 6/3 em toda a rede estadual, escolas de Uruguaiana têm se preparado durante o período de férias para receber os alunos. A organização compreende na realização de obras, reformas e manutenções com a intenção de melhorar a qualidade das estruturas físicas.
Segundo a coordenadora da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, Sara Cardoso, o planejamento de mudanças nas escolas é indispensável. “Em dezembro ou começo de janeiro, o Conselho Escolar se reúne, faz o planejamento necessário, vendo o que precisa mudar, como irão mudar e se há verba para isso”, comenta. Sobre as verbas recebidas, ela salienta que os valores destinados para as escolas estaduais variam conforme o número de alunos. “Quanto mais alunos em uma escola, maior vai ser o dinheiro recebido por ela”, finaliza.
Neste ano, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Moacir Pereira Jacques, localizada no Bairro Tabajara Brites, em Uruguaiana, atenderá cerca de 380 alunos de 1º a 9º ano. Enquanto, os alunos não voltam às salas de aula, as reformas na estrutura física não param.
Pinturas, colocação de pisos cerâmicos, entre outras ações estão sendo realizadas na Escola Estadual. O diretor, Paulo André de Oliveira Inda, explica que a comunidade cobra uma estrutura de qualidade, entretanto, muitos não auxiliam nas reformas. “Para nós fica caro a mão de obra. Compramos o material, esperávamos que algum pai ou responsável pelas crianças pudesse vir nos ajudar, mas ninguém apareceu. Isso, que cerca de oito ou nove mostraram interesse em auxiliar quando fizemos uma reunião aqui”. E complementa, “eles (os pais) querem a mudança, mas não participam ativamente das ações”.
Enquanto uns reclamam das estruturas, outros auxiliam. É o caso do senhor Walfrei Pacheco, oficial reformado do Exército Brasileiro. Ele comenta que não é de hoje que ele presta assistência e auxílio às comunidades. “No Exército, eu sempre fiz a Aciso (Ação Cívico Social), que era um trabalho de cooperação. Nós reformávamos uma área da cidade. Então hoje, como minha esposa leciona aqui na escola, eu vim ajudar. Acho importante fazer isso”, diz.
O diretor da escola observa também que o trabalho de Walfrei é voluntário. “Ele foi o único voluntário de fora da instituição que se dispôs a amparar na reforma. Os demais que estão aqui hoje (auxiliando) são funcionários da escola que querem ver o bem estar, a felicidade dos nossos alunos ao ver a escola renovada”, expõe. Pelos próximos dias, o educandário continuará sendo transformado pelas mãos dos voluntários, garantindo assim, qualidade de ensino e estrutura para seus alunos.

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