Daiany Mossi
Profissionais da Secretaria de Saúde de Uruguaiana participaram de evento realizado na semana passada, em Bento Gonçalves, para tratar a respeito de suicídio. O evento organizado pela Associação Médica do Rio Grande do Sul e reuniu profissionais de todo o Estado.
Entre as propostas do evento falou-se quanto o estigma de que não se pode falar sobre suicídio. “não falar no assunto é uma das causas que mais atrapalha a tomada de medidas que venham a impedir o gesto de autodestruição pessoal. Discutir o tema, quebrando o tabu que ronda o assunto é o caminho ideal para combater esse problema de saúde pública”, disse o médico psiquiatra Rafael Moreno Ferro de Araújo, durante o evento Caravana AMRIGS.
O encontro contou com a palestra do especialista denominada “Transtornos do Humor e Suicídio - Avaliação e Tratamento”. Falando sobre o mal silencioso que mata mais de mil gaúchos por ano, o psiquiatra ressaltou que para ajudar alguém com comportamento suicida é preciso perguntar claramente se ele está pensando em tirar a própria vida.
- Queremos ajudar a desmistificar o suicídio. No momento em que a gente não fala, dá a impressão de que o problema não existe. Ou que existe e não tem solução. Falar é preventivo - salientou Rafael Araújo.
Atualmente mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo, o que significa uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, são registradas 32 mortes, diariamente, sendo que o Rio Grande do Sul lidera o ranking, com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes, o dobro da média nacional.
Uruguaiana continua entre as cidades com o maior número de suicídios no Estado.
0 comentários:
Postar um comentário