Daiany Mossi
Na última sexta-feira, a Secretaria da Saúde (SES) reuniu representantes de 15 municípios do Estado, entre eles, Uruguaiana, considerados prioritários no combate à tuberculose. O prefeito Luiz Augusto Schneider, que cumpria agenda na capital por este e outros motivos, também participou do evento. A finalidade foi sensibilizar os gestores para as metas do governo estadual de ampliar o percentual de cura de casos novos de tuberculose de 62,5% para 75%.
Por ano, são registrados cerca de 5 mil casos novos, dos quais três de cada quatro ocorrem em um dos 19 municípios prioritários. Esses municípios estão distribuídos majoritariamente na Região Metropolitana e grandes cidades do interior - como Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, cidades de fronteira (Santana do Livramento e Uruguaiana) e Charqueadas, pelo complexo penitenciário.
Em Uruguaiana, 74 pacientes com tuberculose são acompanhados pela Secretaria de Saúde.
Atualmente, cerca de 15% dos pacientes que iniciam o tratamento não o completam. A meta é reduzir esse índice para 5% nos próximos anos.
Junto aos gestores locais, a secretaria visa a uma corresponsabilização do tratamento de tuberculose. O Estado fica encarregado do monitoramento, capacitação, vigilância epidemiológica e suporte técnico. Os municípios, por sua parte, comprometem-se com a Atenção Básica, vigilância epidemiológica local, busca ativa de pessoas com sintomas respiratórios e o Tratamento Diretamente Observado (TDO), que consiste na observação diária da tomada dos medicamentos por um profissional da equipe de saúde ou por alguém por ele supervisionado.
A doença
A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% das novas ocorrências. O processo dura no mínimo seis meses. Logo nas primeiras semanas de tratamento o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a fazer o tratamento até o final, independente da melhora dos sintomas. É importante destacar que tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos. O tratamento está disponível em todos os municípios, gratuitamente, e cerca de 90% dos casos podem (e devem) ser efetuados na Atenção Básica.
Municípios prioritários casos sendo acompanhados
Alvorada (187)
Cachoeirinha (64)
Canoas (180)
Charqueadas (104)
Caxias do Sul (146)
Gravataí (156)
Esteio (54)
Guaíba (44)
Novo Hamburgo (91)
Pelotas (239)
Porto Alegre (1.458)
Rio Grande (154)
Santa Cruz do Sul (40)
Santa Maria (79)
Santana do Livramento (15)
São Leopoldo (114)
Sapucaia do Sul (115)
Uruguaiana (74)
Viamão (153)
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