Para o Delegado, Jovani Rodrigues Soares matou Rodrigo Schiafino por motivo torpe, motivo fútil e usando recurso que dificultou a defesa da vítima.
Gabriela Barcellos
Jovani Rodrigues Soares, acusado de ser o autor do último homicídio registrado em Uruguaiana, no sábado, dia 16/7, foi indiciado pelo delegado Enio Tassi por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, motivo fútil e mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. O inquérito foi remetido à Justiça dez dias após o crime, tal como prevê a legislação quando o acusado está recolhido à disposição da Justiça.
Conhecido como ‘Jô’, o homem tem 28 anos, vivia na rua e ‘trabalhava’ como flanelinha. Naquela madrugada, assassinou o universitário Rodrigo Cruz Schiafino, também de 28 anos. O rapaz foi morto com três facadas no coração, dentro de seu carro, na Rua Monte Caseros, entre Duque de Caxias e XV de Novembro, depois de sair de uma festa nas proximidades.
Jovani foi identificado ainda naquela manhã pela equipe da 1ª Delegacia de Polícia, após análise de registros das câmeras de segurança existentes na região e coleta de depoimentos. À noite, acompanhado de uma irmã, se entregou a polícia e, assistido pelo advogado Miguel Madeira, confessou o crime.
Motivação
Jô contou que abordou a vítima quando esta saía da festa em um bar nas imediações. Ele pediu dinheiro a Rodrigo, que negou e teria lhe agredido verbalmente, chamando-o de ‘Vagabundo’, ‘Ladrão’, entre outros. Segundo ele, foi isso que motivou o crime. Ouvido novamente pelo Delegado na última segunda-feira, 25/7, o acusado voltou a confessar o crime e contou a mesma historia, confirmando também a motivação.
Para o Delegado, não há dúvidas, especialmente quanto ao tipo de crime. “Com as provas coletadas até agora, está descartado o latrocínio (matar para roubar). Temos a convicção de que trata-se de um homicídio”, diz Tassi.
Jovani Rodrigues Soares teve a prisão preventiva solicitada pelo Delegado naquele mesmo dia. Inicialmente, a juíza Karina Padilha, de plantão na ocasião, deferiu a prisão temporária do rapaz, que quatro dias depois foi convertida em prisão preventiva, garantindo sua permanência na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana.
Natural de São Borja, Rodrigo Schiafino vivia em Uruguaiana há oito anos, onde estudava e trabalhava. Ele não tinha passagens pela polícia e seu brutal e fútil assassinato chocou a comunidade.
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