segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Colégio Agrícola Luís Martins Bastos prepara técnicos para o mercado de trabalho


Por Elder Filho
Inaugurada em dezembro de 2012, a Escola Agrícola Luís Martins Bastos, foi concebida para suprir a demanda de mão de obra especializada no município. Dadas as características, tradicionalmente, de município com uma produção agropecuária de excelência, havia a premência de que se formassem técnicos visando atender a demanda existente e oportunizar aos interessados um viés de trabalho. Baseado nestes conceitos foi erigida a parte física da Escola em si, com diversas salas destinadas às disciplinas, ou módulos como se referem os profissionais que lá trabalham, em uma área de 280 ha. Privilegiada em sua localização, a Escola fica próxima as duas maiores instituições voltadas à pesquisa e formação de profissionais que são a UNIPAMPA e a FEPAGRO, vê serem otimizados os esforços, seja para extensão em agricultura ou pecuária. Mas a Escola também forma técnicos em Mecanização agrícola, o que, observando-se a demanda gerada pela lavoura orizícola, só vem a calhar. O Instrutor Med.Vet Guilherme Freitas, responsável pelos módulos de Avicultura, Apicultura,Piscicultura e Suinocultura, disse estar extremamente satisfeito com os resultados obtidos durante o ano de 2014. Toda esta satisfação deve-se a preocupação em identificar os anseios dos alunos enquanto ao acesso a Softwares, bibliografia, seminários e, principalmente a oferta de oportunidade de participarem de ações de extensão. Segundo Freitas, identificadas as demandas, todas foram atendidas, a ponto de afirmar que já não se percebe, entre os alunos, insatisfações a este respeito. O instrutor ainda destaca o fato de que as empresas do município já procuram a instituição visando oportunizar estágios remunerados aos alunos, sendo que vários já se encontram locados em estabelecimentos agropecuários, sempre com o acompanhamento dos profissionais da Escola, fazendo o estágio parte do currículo escolar. Freitas foi enfático ao afirmar que todas as disciplinas do seu módulo foram brindadas com Dias de Campo e extensão, sem exceções, não esquecendo de agradecer ao SUMEV, UNIPAMPA e ao Sindicato Rural, por oportunizarem a participação dos alunos em seminários promovidos por estas instituições. A Instrutora Med. Vet. Gisélida Baquini, titular do módulo de Bovinocultura de Corte, traçou paralelo entre a Escola Agrícola e a chegada da UNIPAMPA em Uruguaiana, guardadas as devidas proporções entre as instituições, uma é federal e a outra municipal, “no nascedouro a Escola Agrícola arrancou com muito mais estrutura que a Universidade em questão”, comentou. Gisélida afirma que a implementação de uma instituição formadora de profissionais não se dá do dia para a noite, mas que os alicerces da Escola Agrícola estão bem fundamentados. Gisélida vai além ao firmar que a Escola encontra-se num crescendo qualitativo excepcional, pois entende que a instituição está tendo melhorias, seja no aspecto do fazer chegar a informação aos alunos, como no aspecto físico propriamente dito, com a otimização das instalações e aporte de equipamentos, citando como exemplo os laboratórios e a sala de informática.” Há que se entender a expectativa dos alunos que ao matricularem-se na instituição encontrarão tudo pronto. Não é assim. Esta instituição tem 1 ano e alguns meses de existência, e, como é do conhecimento de todos, os processos burocráticos inerentes a qualquer instituição pública devem obedecer etapas determinadas por lei. Não se pode exigir mais do que a lei permite”, salientou. Mesmo assim acredito que estamos extremamente bem qualificados, analisou a professora. Segundo Gisélida há uma integração entre os professores que permite que em determinada prática de campo possam estar, logicamente que de temas que permitam uma sinergia, duas ou mais turmas no mesmo local maximizando o aprendizado. A instrutora lembra que a escola se encontra na terceira gestão de direção, e que muito dos materiais reivindicados, desde o nascedouro da instituição, somente agora começam a chegar, salientando que este processo é natural. “Entre as duas áreas de interesse da Escola, vegetal e animal, há uma discrepância na velocidade de instalação, e explico: Para a implementação de estufas e hortas existe uma maior facilidade, assim como custos mais moderados, já na área animal, a instalação de mangueiras, por exemplo, demanda custos bem mais significativos. Esta maior dificuldade jamais tornou inviável o aporte de conhecimentos aos alunos, pois as práticas são realizadas em propriedades de produtores parceiros, que, possivelmente tenham suas instalações otimizadas em relação ao que a Escola em caráter de urgência poderia oferecer”, afirmou. O instrutor Celso Alberto, responsável pelas áreas de Mecanização Agrícola e Orizicultura, lembrou, com propriedade, que a Escola Agrícola de Uruguaiana possui uma característica invejável:
“Se passarmos a cerca divisória da Escola estaremos dentro da Estação Experimental que desenvolve novos cultivares de arroz do IRGA. Não há necessidade de grandes deslocamentos. Os alunos visitam, praticam, detectam as diferenças entre os diversos cultivares”,comentou. “A posição geográfica da Escola permite acesso há várias lavouras. Os alunos recebem o conhecimento teórico em sala de aula e logo após podem deslocar-se, com facilidade, a alguma lavoura próxima para praticarem”, disse Celso. A tecnologia instalada no maquinário agrícola atual exige profissionais treinados. Nada se compara a um treinamento técnico com duração de dois anos proporcionado pela Escola Agrícola, entende o instrutor Celso Alberto.

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