O presidente da Assembleia Legislativa do RS, Gilmar Sossella, foi indiciado pela Polícia Federal por formação de quadrilha, concussão (exigir para si em razão da função vantagem indevida) e por outros três crimes tipificados no Código Eleitoral, entre eles, coação. Sossellase diz inocente e segue o rito de cumprimento e agradecimento aos seus eleitores. Ele fez votação em 496 dos 497 municípios gaúchos e se reelegeu com mais de 57 mil votos.
A PF iniciou investigação após denúncia de funcionários de confiança da presidência da Assembleia, que disseram estar sendo ameaçados de perder os cargos de confiança se não adquirissem convites para um jantar de arrecadação de fundos para a campanha de Sossella, no valor de R$ 2,5 mil. O coordenador da campanha e superintendente-geral da AL, Arthur Alexandre Souto, foi afastado do cargo por determinação da Justiça Eleitoral. O servidor é quem teria sido o autor da coação.
Na investigação, a PF também encontrou no gabinete um caderno com nome de eleitores e acredita que o documento seja um controle dos votos do deputado. Cerca de 190 cargos estão vinculados ao gabinete da presidência. Segundo o advogado do Deputado, Décio Itiberê, o caderno lista endereços de amigos e familiares de estagiários da Assembleia que receberiam material de campanha pelos Correios. Em fevereiro, Sossella já havia se envolvido num escândalo ao nomear a namorada do então candidato do PDT ao Senado, Lasier Martins, para um cargo de confiança como diretora de jornalismo da AL com remuneração de R$ 12 mil. Ela atuava, na verdade, no comitê de campanha de Lasier e foi demitida um mês depois de assumir o cargo.
0 comentários:
Postar um comentário