quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Alta umidade no Estado dificulta implantação dos grãos de verão

A semeadura da safra 2015 tem enfrentado algumas dificuldades neste início do processo. As condições meteorológicas ocorridas até o momento estão dificultando a implantação dos grãos de verão. Segundo o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, no arroz essa situação pode ser observada do Centro para o Oeste do Estado, onde as chuvas dos últimos dias foram mais intensas e persistentes. Já, do Centro para o Leste o plantio pode ser efetuado mais a contento, uma vez que a umidade se mostrou menor, facilitando assim a entrada das máquinas. Como média geral, o percentual de área semeada atinge no momento 15% do total projetado para esta safra, uma diferença de oito pontos percentuais a menor em relação à média dos últimos anos.
O feijão da primeira safra foi outra cultura que teve o plantio retardado em função das condições meteorológicas adversas, principalmente no Noroeste do Estado. Em termos gerais, o percentual de área semeada chega a 15% do total de 48,6 mil hectares projetados para esta safra. Esse avanço foi verificado principalmente no Centro e na Serra, onde as chuvas não foram tão intensas. As lavouras recém-plantadas não enfrentam dificuldades na germinação.
Nas lavouras de milho situadas no Oeste do Estado, as altas precipitações podem ter lixiviado boa parte da adubação nitrogenada efetuada recentemente, diminuindo a eficiência da mesma; isso poderá acarretar um aumento nos custos de produção devido à necessidade de reaplicação desses insumos. Apesar disso, o plantio desta safra se encontra à frente do ano passado, atingindo no momento 58% da área prevista.
Culturas de inverno
A canola encontra-se na fase de enchimento dos grãos e maturação, com a presença de doenças fúngicas e bacterianas, necessitando de controle químico. As últimas chuvas ocorridas danificaram as lavouras com o acamamento das plantas. Em algumas lavouras se observa queda na produtividade, que atualmente está estimada, como média estadual, em 1.400 kg/ha.
Devido ao clima, os triticultores estão aumentando o número de aplicações de fungicidas com o objetivo de controlar ferrugens e doenças das espigas, fazendo com que os custos de produção desta safra, segundo produtores e técnicos, sejam mais elevados em comparação aos do ano passado. Além disso, as chuvas excessivas registradas em regiões importantes prejudicaram muito a cultura, pois provocaram o acamamento das plantas em alguns casos, o que aumentou a incidência de doenças e a perda na qualidade dos grãos, principalmente nas áreas que já estão prontas para a colheita. O percentual de lavouras que se encontra nessa fase atinge 8% do total. Outros 65% estão em fase de formação de grão, tendo ainda 20% em floração e 7% em desenvolvimento vegetativo.
Fruticultura
Na Serra gaúcha, se aproxima o final da colheita da principal variedade de citros cultivada na região, a bergamota montenegrina. As plantas estão com elevada carga de frutos, de calibre mediano e isentos de danos causados por pragas e moléstias e apresentam bom aspecto, sem problemas fitossanitários. Segue em ritmo acelerado a colheita das variedades de laranja de umbigo tardia, como a nave late e a monte parnaso. Por hora, não tem havido relatos de ocorrência da mosca das frutas – a praga mais temida pelos fruticultores – nas armadilhas de monitoramento.

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