Hoje é celebrado o dia mundial da doença, data em que organizações médicas, entidades, médicos, pacientes e seus familiares concentram esforços para promover a conscientização sobre o problema, além de passar informações a respeito da demência, ainda sem cura. De acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) e da Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 35,6 milhões de pessoas no mundo são portadores da doença. No Brasil, 1,2 milhões de cidadãos com 65 anos ou mais sofrem com a demência — a maior parte ainda sem diagnóstico. Alguns especialistas já falam em epidemia mundial.
E as perspectivas não são nenhum pouco animadoras. Estima-se que até 2050 mais de 115 milhões de pessoas terão Alzheimer. E as pesquisas também não estão numa fase muito boa. De acordo com Paulo Caramelli, consultor da OMS, apesar de estudos promissores, as pesquisas sobre tratamento tiveram resultados negativos nos últimos anos. Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que destrói os neurônios de forma progressiva. É considerada o tipo mais comum de demência, caracterizada pela perda ou redução das capacidades cognitivas — atenção, percepção, memória, raciocínio, linguagem e outros.
Convivendo com a doença
Durante todo o dia, diversas entidades no Brasil estarão realizando ações sobre o Alzheimer. Em Natal, a regional da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz/RN) vem promovendo uma campanha informativa desde a última quinta-feira, quando realizou um abraço simbólico na Praça Sete de Setembro. Na sexta-feira, houve um encontro com a psicogeriatra Euglena Lessa, esclarecendo dúvidas da comunidade. Ontem, no Parque das Mangueiras, foi realizado um café da manhã para cuidadores e familiares de portadores de Alzheimer.
De acordo com Nilze Dias de Oliveira, diretora de divulgação da Abraz/RN, hoje, dia mundial de alerta para a doença, haverá panfletagem na orla de Ponta Negra, a partir das 9h. “Distribuiremos folders com informações importantes, alertando para os principais sintomas, como esquecimento e agressividade. Também temos livros e CDs para vender.” Nilze Dias conta que se associou à Abraz, em São Paulo, porque seu pai desenvolveu a doença. “Ele passou cinco anos fora do ar.” Aliás, o Alzheimer atingiu outros parentes seus, como o marido, a mãe e um primo. Para ela, o mais difícil é o começo da demência, quando os sintomas se confundem.
“Existe muito preconceito familiar. Os parentes não querem dizer que a pessoa tem; e se tem, dizem que não é. No caso de meu marido, começamos a notar a mudança de comportamento. Ele ainda reconhecia a gente. Estava no estágio médio para o grave”, comenta Nilze Dias.
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