Os casos de crimes envolvendo policiais civis aumentaram no Rio Grande do Sul, segundo a Corregedoria-Geral da corporação (Cogepol). Do ano passado para cá, o número de agentes presos cresceu cinco vezes.
Em oito meses, 10 policiais foram presos no estado. Em 2013, o número era de apenas dois. Já os inquéritos contra agentes chegaram a 20 em 2014 contra 15 no último ano. A Cogepol aponta que os crimes mais comuns são extorsão, abuso de autoridade e roubo.
Na última semana, dois policiais da 1º Delegacia de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, especializada em investigar homicídios, foram presos por suspeita de exigir R$ 5 mil de um homem apontado como autor de um assassinato.
“(O suspeito) acabou sendo chantageado pelos agentes que eram responsáveis em fazer essa investigação. De modo que, se pagando, ele seria retirado do caso. Não seria mais responsabilizado”, explica o delegado Paulo Grillo, da Cogepol.
Na decisão que determinou a prisão dos agentes, o juiz da cidade disse que há inúmeras situações de má conduta policial, envolvendo não apenas concussão, que é a corrupção praticada por servidores públicos, como também casos de lesão corporal, tortura e irregularidades administrativas.
“É muito importante que a sociedade denuncie. Podem procurar a Secretaria de Segurança, que nós daremos todo o apoio, toda a estrutura para que o crime seja desvendado. Essa pessoa seguramente será protegida e terá a sua irregularidade devidamente apurada”, afirma o secretário de Segurança do estado, Airton Michels.
Há uma semana, cinco policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foram presos após a denúncia de um contrabandista. Segundo a Corregedoria, eles montaram uma operação com escolta, que simulava a apreensão de cigarros contrabandeados, para roubar parte da carga.
“Nós conseguimos imagens, identificação das viaturas, principalmente da viatura preta e branca que acompanhava o caminhão de frete. E a confirmação veio então na sequência, através dos
próprios depoimentos dos donos dos cigarros, que acabaram aparecendo, vindo à Corregedoria e ajudando a esclarecer os fatos”, completa o delegado Paulo Grillo.
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