sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Continua a polêmica do funcionamento dos supermercados

Ontem à noite, a Câmara de Vereadores foi palco da audiência pública para tratar a respeito do fechamento dos supermercados aos finais de semana. Proprietários de armazéns, bem como representantes dos supermercados e vereadores analisaram e explanaram quanto ao projeto apresentado pelos vereadores Marcelo Lemos e Luiz Gilberto de Almeida Risso, sugerindo que os estabelecimentos funcionem apenas um domingo por mês. 
Segundo o vereador Risso, o projeto visa a atender as necessidades do pequeno comerciante que vê nos domingos a possibilidade de ampliar sua renda. “Estamos pensando nos mais de 800 donos de armazéns de Uruguaiana. Fomos procurados por eles e ouvimos suas necessidades. Além disso, é preciso pensar no trabalhar que atua nos mercados. Eles também têm direito ao churrasquinho aos finais de semana”, disse ele. 
O proprietário da rede de supermercados Baklizi criticou o projeto, sugerindo que Risso apresente uma proposta para o fechamento das barbearias aos sábados. “Quero ver se ele ia defender o fechamento das barbearias aos sábados, isso ele não faz”. 
O empresário que possui seis lojas na cidade e que só perde para a Prefeitura no que diz respeito a oferta de trabalho, informou que caso o projeto seja aprovado, os supermercados em geral, terão que demitir 30% de seus funcionários. 
“A folga do domingo é compensada durante a semana, e precisamos de um número expressivo de funcionários para cobrir essas folgas. Caso os mercados possam funcionar apenas um domingo por mês, teremos que demitir 30% do nosso quadro de funcionários, o que representa cerca de 700 pessoas, considerando que os mercados e mini-mercados de Uruguaiana têm hoje cerca de 3.500 colaboradores”, explicou Ismael. 
O presidente do Comércio Varejista de Uruguaiana, Geancarlo da Fonseca, o projeto causará demissões e fomentará o comércio de Paso de los Libres. Ele ressalta a importância de se ter liberdade para trabalhar. 
Já o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Jorge Urquiza, a diretoria da entidade está dividida. “Não posso falar em nome da entidade, pois as opiniões são diferentes entre os associados. Alguns torcem pelo fechamento visando lucros, já que temos supermercados que trabalham com confecções e eletrodomésticos. Outros defendem a abertura, pois além de empresários, são consumidores e aproveitam o domingo para efetuar suas compras. 
Entre os funcionários, as opiniões também se dividem. Se para muitos trabalhar aos domingos é cansativo e insuportável, para outros é a chance de ganhar uma folga em dia útil. 
O prefeito Luiz Augusto Schneider também se manifestou sobre o assunto. 
“Sou a favor dos que necessitam trabalhar e querem trabalhar e dos que precisam ir aos mercados aos domingos porque trabalham nos demais dias da semana”, finalizou ele. 
O assunto voltará a ser discutido na Câmara.

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