Jefferson Klein
De acordo com dados do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 86 furtos e 84 roubos de cargas transportadas por caminhões. Enquanto no primeiro caso os itens são subtraídos sem violência, no segundo ocorre a coação.
Com o passar dos anos, houve uma inversão quanto à intensidade do tipo de ocorrências dessas ilegalidades. Em 2013, foram verificados 221 roubos e 132 furtos e em 2012 esses números foram, respectivamente, 299 e 148. O titular da Delegacia de Repressão ao Roubo e ao Furto de Cargas do Deic/PC/RS, Luciano Peringer, cita que, no Estado, a maior incidência desses crimes ocorre nas BRs 386, 290, 116 e na RS 118. Os municípios que mais registram esses delitos são Porto Alegre, Uruguaiana, Canoas, Gravataí, Pelotas, Montenegro e Triunfo. Entre os artigos mais subtraídos estão o fumo, produtos alimentícios, bebidas, eletrônicos, derivados petroquímicos, pneumáticos e metais.
Peringer revela que é possível perceber que tem aumentado o envolvimento dos motoristas com essas ilicitudes. Além disso, as quadrilhas têm se especializado e focado em cargas de maior valor. O diretor do Deic e delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Eduardo de Oliveira, recorda que, a partir da década de 1990, os bancos começaram a intensificar os seus dispositivos de segurança, com as portas giratórias e outros equipamentos.
Com isso, muitos delinquentes migraram para outra atividade: o roubo de cargas. Oliveira ressalta que a figura central nesse delito é o receptador. O delegado lamenta que a legislação brasileira prevê ainda penas brandas para esse indivíduo.
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