Pouco mais de um ano depois da comemorada redução no preço da energia, os gaúchos estão sendo surpreendidos por tarifaços na conta de luz de deixar o cabelo em pé. Depois dos clientes da AES Sul terem as tarifas reajustadas em quase 29%, em abril, foi a vez de os consumidores da RGE levarem um choque no bolso, na semana passada, com o anúncio de aumento de 22%.
Para os usuários da CEEE, que terão nova tarifa a partir de 25 de outubro, as notícias não são nada animadoras. Projeções da consultoria TR Soluções, especializada em calcular custo da energia, indicam alta para as residências de 26,41%, quatro vezes a inflação no período. Os tarifaços não devem parar por aí. Especialistas estimam que reajustes pesados sejam aplicados pelo menos até 2018.
O aumento na conta de luz tem sido aplicado em todas as regiões do país, mas foi ainda mais agressivo para os gaúchos. Enquanto o Rio Grande do Sul teve reajustes médios acima de 25%, outros Estados tiveram alta em torno de 15%.
No Ceará, o reajuste médio foi de 16,77%, em Sergipe, 11,85% e no Rio Grande do Norte, 12,75%. O motivo do aumento é o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas que tem obrigado o governo a acionar em potência máxima as usinas termelétricas, que gastam mais para gerar energia. Até agora, o Planalto tem evitado racionamento, mas o consumidor paga um preço alto pela garantia do abastecimento.
— O corte de 20% na tarifa que o governo fez em 2013 foi artificial. Houve redução de preço cobrado sem que tenha ocorrido ganho de produtividade. O governo deu azar de pegar dois anos de seca, mas nesse ramo não podemos contar com sorte. Alguma hora, a conta iria chegar.
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