sexta-feira, 27 de junho de 2014

Consumidores devem encarar aumento na conta de luz até 2018

Pouco mais de um ano depois da comemorada redução no preço da energia, os gaúchos estão sendo surpreendidos por tarifaços na conta de luz de deixar o cabelo em pé. Depois dos clientes da AES Sul terem as tarifas reajustadas em quase 29%, em abril, foi a vez de os consumidores da RGE levarem um choque no bolso, na semana passada, com o anúncio de aumento de 22%. 
Para os usuários da CEEE, que terão nova tarifa a partir de 25 de outubro, as notícias não são nada animadoras. Projeções da consultoria TR Soluções, especializada em calcular custo da energia, indicam alta para as residências de 26,41%, quatro vezes a inflação no período. Os tarifaços não devem parar por aí. Especialistas estimam que reajustes pesados sejam aplicados pelo menos até 2018. 
O aumento na conta de luz tem sido aplicado em todas as regiões do país, mas foi ainda mais agressivo para os gaúchos. Enquanto o Rio Grande do Sul teve reajustes médios acima de 25%, outros Estados tiveram alta em torno de 15%. 
No Ceará, o reajuste médio foi de 16,77%, em Sergipe, 11,85% e no Rio Grande do Norte, 12,75%. O motivo do aumento é o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas que tem obrigado o governo a acionar em potência máxima as usinas termelétricas, que gastam mais para gerar energia. Até agora, o Planalto tem evitado racionamento, mas o consumidor paga um preço alto pela garantia do abastecimento.
— O corte de 20% na tarifa que o governo fez em 2013 foi artificial. Houve redução de preço cobrado sem que tenha ocorrido ganho de produtividade. O governo deu azar de pegar dois anos de seca, mas nesse ramo não podemos contar com sorte. Alguma hora, a conta iria chegar.

0 comentários: