Câmara debate a situação precária das estradas vicinais

De plenário lotado, a Câmara de Vereadores debateu na manhã de ontem, 26/5, a precária situação das estradas vicinais, que há muito vem sendo a questão mais reivindicada por produtores rurais, entidades ligadas ao setor e moradores do interior.

A audiência foi proposta pela Mesa Diretora da Câmara, provocada pela Associação dos Arrozeiros e pelo Sindicato Rural. Membros da diretoria das duas entidades integraram a mesa principal, que não teve a presença do prefeito Luiz Augusto Schneider; o que foi destacado pelo presidente da Casa, vereador Ronnie Mello. “Sei que houve ligações de várias pessoas tentando convence-lo a estar presente, o que certamente enriqueceria os debates, inclusive porque ele é nosso atual secretário de Obras”, disse o Parlamentar.

Antes da audiência, marcada para as 10h, uma manifestação, com maquinas e a presença de um bom número de participantes, foi organizada na frente da Câmara, chamando a atenção para o problema, que segundo líderes dos setores já afeta a toda a população que tem ligação com o interior. “Fora o problema de escoar a produção, temos problemas com os moradores, transporte escolar para as crianças. Apesar do aumento da produção nos últimos dez anos, se mantem a malha viária do mesmo jeito, sem melhorias; sem a aplicação dos impostos que recolhemos para garantir boas condições”, diz o presidente do Sindicato Rural, João Paulo Schneider da Silva. “Já está em estado de calamidade. Afeta nossa estrutura de transporte, de custos; afeta nossos colaboradores. Na localidade do Plano Alto, por exemplo, se leva de duas horas a duas horas e meia para chegar na cidade. Imagina se uma pessoa adoece. Isso é preocupante. Tem lugares que o ônibus escolar não passa mais”, destaca o secretário da Associação dos Arrozeiros, Roberto Fagundes. 

Entre as reivindicações apresentadas pelos produtores, destacou-se a sugestão de que 50% do valor arrecadado através do Importo sobre propriedade territorial rural (ITR) seja revertido para as estradas e que o maquinário adquirido através do Programa de Intervenções Viárias (Provias), seja empregado na zona rural, como prometido à época da aquisição.