Na última semana uma postagem do promotor de Justiça Rodrigo de Oliveira Vieira em sua página pessoal na rede social Facebook chamou a atenção. O Promotor foi responsável pela investigação e atuou no processo que resultou na condenação do delegado de polícia civil Thiago Carrijo Fraga por crime de peculato, em 2012.
Em primeiro grau, Carrijo foi condenado a três anos de prisão e perda do cargo, mas recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado. O TJ/RS manteve a decisão por maioria de votos. Com o placar de 2 x 1, Carrijo teve direito a outro recurso chamado embargos infringentes, aquele mesmo que salvou os mensaleiros, ainda tramitando. Pois Vieira se refere a esse recurso em sua postagem, onde fala sobre uma suposta “tramóia”, uma tentativa de influenciar o julgamento do recurso com o objetivo de absolver Thiago Carrijo.
Vieira não cita nomes, refere-se apenas a “integrantes de uma espécie de “confraria” ou “congregação estariam se movendo nos bastidores, buscando influenciar no julgamento do recurso e, com isso, salvar a pele da “autoridade”, para que ela possa continuar integrando o serviço público”. Ainda na postagem ele classifica a atitude que lhe foi contada “por um passarinho”, como “típico do Brasil, onde há arraigado culto às manobras tramadas nos desvãos obscuros, nos subterrâneos onde o interesse público não penetra e não é bem-visto”, mas diz não acreditar que tal atitude possa influenciar na decisão e manteve seu posicionamento sobre o caso.
Procurado pela reportagem do Jornal CIDADE, Vieira disse que já se manifestou na rede social. “Não vou falar nada sobre isso. A postagem fala por si só”.
Mesmo com a decisão da Justiça, Thiago Carrijo Fraga continua fazendo uso do distintivo. De acordo com o delegado da 4ª Região Policial, que abrange Uruguaiana, Álvaro Ribeiro Neto, ele está trabalhando em Porto Alegre, na Divisão de Serviços Gerais, mas destacou que não há nenhum vínculo com Carrijo. “Sei disso por acaso, ele não tem mais nenhum vínculo com nossa região, mas sei que segue trabalhando”, disse.
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