Os funcionários técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior, inclusive da Unipampa, prometem entrar em greve a partir do próximo dia 17, em todo o país. Mas, segundo disse um dos coordenadores-gerais da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, caso o governo decida pelo cumprimento total do acordo de greve de 2012, o movimento poderá ser suspenso.
Nesta semana, a Fasubra se reunirá com representantes dos ministérios da Educação e do Planejamento com a intenção de fechar esse acordo. Paulo Santos informou que falta o governo negociar os resultados dos grupos de trabalho que foram formados após o final da última greve. “Nós vamos sentar para acabar de fechar o acordo todo. Vai ter a negociação dos resultados dos grupos de trabalho. Se o governo atender à nossa expectativa, não haverá motivo para a greve”.
A decisão de iniciar uma greve em março deste ano foi tomada em plenária realizada pela Fasubra no início de fevereiro. Além do cumprimento do acordo de greve de 2012, a categoria reivindica a implementação da jornada de 30 horas semanais, já prevista por um decreto presidencial, segundo Santos, bastando apenas que as universidades façam um estudo para sua aplicação. Os trabalhadores buscam também contagem especial do tempo de serviço para trabalhadores com insalubridade.
A pauta de reivindicações inclui, ainda, a abertura imediata de concursos públicos. Santos salientou que o processo de expansão das universidades não foi acompanhado por novas contratações pelo regime jurídico único. Os concursos são necessários para que ocorra a recomposição dos quadros, explicou.
A categoria tem 142 mil trabalhadores na ativa em 63 universidades federais em todo o território brasileiro. Somando os aposentados, esse número sobe para 174 mil. O coordenador-geral da Fasubra informou que a maior concentração, em número de universidades federais, está em Minas Gerais, com 14 unidades. Já a maior concentração de trabalhadores atuando nas universidades federais é registrado no estado do Rio de Janeiro, com cerca de 20 mil pessoas.
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