quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Davi Juno irá novamente a júri por estupro e assassinato de mulher próximo ao viaduto

Um crime rumoroso ocorrido em 2008 irá novamente à júri popular nesta quinta-feira, 20/2. Uma mulher foi estuprada e assassinada brutalmente nas proximidades do Viaduto, na Rodovia BR 290. O homem acusado pelo crime, Davi Juno da Silva Pires, conhecido como “Pica – Pau” e com passagens anteriores pela polícia. Ele jamais confessou, mas ainda assim foi pronunciado por homicídio qualificado - por recurso que dificultou a defesa da vítima e ter sido cometido com o objetivo de assegurar a impunidade de outro crime; e por estupro cometido à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação; uma situação que agravante.
O crime ocorreu por volta de 6h, no barranco que margeia a BR 290, em 30 de março daquele ano. Davi tinha 18 anos à época e, teve a prisão preventiva decretada imediatamente. No decorrer do processo, no entanto, ele foi solto e acabou fugindo para a Argentina, onde cometeu outros crimes e acabou sendo preso. Em 29 de maio de 2012, Davi Juno foi a júri popular pelos crimes e homicídio qualificado e estupro, cometidos naquele dia e foi condenado a 33 anos de prisão. Ele não compareceu ao júri, pois estava preso no país vizinho. A defesa de Davi, realizada pelo advogado Roberto Acosta Nunes, recorreu ao Tribunal de Justiça, pedindo a anulação do julgamento, o que foi concedido. Nesta quinta-feira, novamente, os crimes serão levados ao Tribunal do Júri.

O crime

Conforme a denúncia, a vítima havia se desentendido com o marido, e saíra a pé, embriagada, brava e transtornada, do baile onde ambos estavam no Clube dos Coroas. O marido foi atrás dela, de motocicleta, mas ela se negava terminantemente a ir com ele para casa. Como não poderia obrigá-la, o marido pediu ajuda a Davi, que seguia caminhando também atrás da vítima – e que era conhecido de longa data dela. O marido pediu que o réu a acompanhasse ao outro lado da pista, acima do viaduto, enquanto ele faria a volta e os encontraria. Quando o marido fez a volta, não os encontrou. Este foi, conforme o MP, o momento em que o réu, aproveitando que estava sozinho com a vítima e que ela estava embriagada, e a agarrou violentamente, derrubando-a e a estuprou. Para evitar que fosse reconhecido, ele a matou com vários golpes, possivelmente com uma pedra, no rosto e na cabeça. Depois do crime ele foi embora, mas esqueceu um boné no local.

0 comentários: