O desaparecimento da jovem Patrícia Pinto dos Santos, agora com 18 anos, completou seis meses na última quinta-feira, 6/4, e permanece um mistério para família e amigos. No entanto, na última semana a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), coordenada pelo delegado Enio Tassi, avançou significativamente nas investigações.
A perícia
Durante a tarde de quinta-feira, 6/4, a equipe de investigação da DPCA, acompanhada por uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP), de Santana do Livramento, realizaram buscas na casa de um suspeito, no Beco do Sapo, proximidades da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), bairro Áreas Verdes.A casa foi totalmente periciada com uso de luminol, uma substancia química que reage em contato com sangue. Em pelo menos dois pontos da residência, inclusive em uma parede, houve reação ao produto. No entanto, a conclusão definitiva somente será conhecida quando concluído o laudo técnico. Somente aí haverá certeza de que se trata de sangue humano, bem como a identificação do DNA do mesmo. No local também foram coletadas amostras de cabelo e apreendidos alguns objetos, como facas. No pátio, um buraco chegou a ser cavado em local suspeito, no entanto, nada foi encontrado.
A prisão
A casa periciada pertence a Anderson Rogério dos Santos Pinto, 34 anos, conhecido como ‘Xexéu’. Bastante conhecido da polícia, ele tem antecedentes por tráfico de drogas e foi uma das últimas pessoas vistas com Patrícia na madrugada de seu desaparecimento.
O Jornal CIDADE apurou que, desde o início da investigação Xexéu é um dos principais suspeitos de envolvimento no desaparecimento da então adolescente. A prisão preventiva dele chegou a ser solicitada por Tassi dez dias depois do desaparecimento, e foi negada pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Guilherme Machado. Em fevereiro, novamente o Delegado representou pela prisão do suspeito e, mais uma vez a resposta do Judiciário foi negativa. Em um novo pedido, feito a cerca de 15 dias, a juíza Cristiana Acosta deferiu a prisão temporária do rapaz, válida por 30 dias, mas que pode ainda ser prorrogada. Ele foi preso no início da semana passada.
Questionado sobre a versão do suspeito, o Delegado não quis se manifestar. “ A investigação está em andamento, razão pela qual não podemos comentar nada, sob risco de atrapalhar o andamento”, disse. No entanto, Tassi falou da possiblidade de a jovem ainda estar viva. “Enquanto não encontrarmos evidencias cabais de que houve uma morte, estamos investigando um desaparecimento. Ainda há esperanças”, frisou.
O desaparecimento
Patrícia Pinto dos Santos, conhecida nas redes sociais como Patrícia Winckler, desapareceu na madrugada de seis de outubro, aos 17 anos. A jovem saiu da casa da mãe, onde vivia, na Rua Prado Lima, para ir a um baile, acompanhada de uma amiga. De lá para cá, a família nunca mais teve notícias da menina.
Gabriela Barcellos
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