quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Uruguaiana participa de Convenção Nacional


Durante três dias, varejistas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal acompanharam palestras das áreas de marketing, recursos humanos, economia e política sobre temas mais importantes para o setor na 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, na Costa do Sauípe, na Bahia.
A delegação gaúcha, liderada pelo presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, foi composta por aproximadamente 200 pessoas, entre empresários e líderes do movimento lojista. As cidades de Uruguaiana e Caxias do Sul foram as que apresentarem maior número de participantes.
A força e participação dos consumidores no mundo digital, já conhecida há alguns anos, recebe mais um argumento para que empresários lojistas olhem com toda a atenção esse segmento. Nunca a interatividade foi tão grande. Em palestra na manhã de sexta-feira (19), Renato Opice Blum, mostrou que os brasileiros interagem nas redes sociais até três vezes mais do que o consumidor norte americano. Além disso, o Brasil é líder mundial em usuários do Facebook.
Um aspecto destacado é importância de avaliar se a ação foi voluntária ou involuntária. “Se estou andando na rua, não vejo um buraco e caio. Um sujeito filma e coloca no Youtube. Essa situação foi involuntária, ou seja, eu não quis que aquilo acontecesse. Se essa imagem cair na internet terei direito a pedir uma indenização não só pessoal a quem postou, mas a todos que repassarem aquele conteúdo. Isso é diferente, por exemplo, de uma situação que tenho a clara intenção”, exemplificou.
A apresentação mostrou ainda a importância das empresas repensarem as ferramentas de trabalho. 56% por cento dos usuários dizem que não querem propaganda por email, enquanto 41% se dizem influenciados pelo que acompanham nas redes sociais.
A grande atração foi a palestra de Arnaldo Jabor que esbanjou bom humor, críticas e conhecimento sobre economia e política brasileira. Um dos ataques mais fortes foi a burocracia no país. “A burocracia no Brasil é um inferno e é assim porque foi feito para ser um inferno desde o início. Foi porque não queriam que nós evoluíssemos e, então, criavam todos os empecilhos para que isso não acontecesse. Hoje para se fechar uma firma, é impossível. A burocracia gera crimes como a corrupção”, disse.

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