quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rede de banco de leite divulga benefícios da amamentação para mães e bebês

A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH) vai aproveitar o tema da Semana Mundial da Amamentação, iniciada na sexta-feira, 1º, que é “Aleitamento materno: uma vitória para a vida”, para mostrar às pessoas que a amamentação é mais do que uma coisa pontual, que se estende até os seis meses do bebê, mas traz benefícios para a mãe e para toda a vida da criança.
Foi o que disse a coordenadora de processamento e qualidade da Rede BLH, Danielle Aparecida da Silva. Cada uma das 212 unidades da rede já começou a trabalhar sobre o tema da Semana Mundial da Amamentação, que se estenderá até o próximo dia 7. No Centro de Referência Nacional da rede, que é o Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, estão programadas palestras sobre a importância do aleitamento materno para funcionários e servidores da área de saúde. 
Danielle da Silva indicou que o principal benefício para a mulher que amamenta é a diminuição da incidência de câncer de mama e da probabilidade de diabetes e doenças cardíacas. Ressaltou que outro benefício, quando a mãe começa a amamentar, é a involução do útero. “A barrigona vai diminuindo e há perda do peso extra ganho na gravidez; diminui mais rápido com a amamentação, porque há um gasto calórico pelo fato de a mulher estar produzindo leite” Também para o bebê há muitos benefícios, citou a coordenadora, por se tratar de leite específico para a criança. “É o único leite com fatores de proteção contra diversas doenças”. Além disso, a gordura do leite é própria para o consumo do bebê, ao contrário do que ocorre com outros tipos de leites, como os de vaca ou os de fórmula, cujo peso molecular é alto. “A do leite materno tem peso molecular baixo e isso facilita a digestão do bebê. É um bebê mais ativo, que interage mais com a família”, ressaltou.
O leite materno tem nutrientes que também favorecem o desenvolvimento dos neurônios, da inteligência na criança, conforme a coordenadora, e lembrou que o aleitamento materno continuado nos dois primeiros anos de vida do bebê tem elementos que ajudam a reduzir a incidência de problemas cardíacos e de diabetes, no futuro, bem como doenças relacionadas à tireoide. A Rede BLH está presente em todas as unidades da Federação, com destaque para São Paulo, que tem a maior rede do país, com 53 unidades. Mas a única rede que mostra autossuficiência em leite materno é a de Brasília. “Nenhum hospital, nenhuma maternidade em Brasília utiliza fórmula. Eles [bancos de leite] são autossuficientes; têm uma quantidade de doação capaz de atender a todos os bebês do Distrito Federal. Essa é a meta para todos os estados, que a gente quer alcançar”, disse Danielle da Silva.
A coordenadora da Rede BLH confirmou que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de idade pode evitar em torno de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos, nos países em desenvolvimento, “porque os grandes motivos de mortalidade infantil são desnutrição, diarreia e outras doenças do trato gastrointestinal”.

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