O Ministério de Minas e Energia (MME) está em processo de discussão com a Argentina para retomar a operação da termelétrica Uruguaiana (640MW) com um novo fornecimento de gás natural. O gás utilizado para geração esgotou-se antes do prazo de 60 dias estipulado no memorando de entendimento entre os países, devido ao aumento do despacho termelétrico em alguns dias.
“Tendo em vista a limitação da malha de gasodutos da Argentina, o prazo fixado de 60 dias foi definido em função do despacho de 244MW médios, ou 1,2 milhões de m³ /dia. Como ao longo do processo foi possível aumentar o consumo em alguns dias para 2,4 milhões de m³/dia, o volume contratado esgotou-se antes do período”, informou o MME através em nota.
O fornecimento de gás natural para a usina foi estabelecido em março deste ano através de um aditivo ao memorando de entendimento que os países têm desde 2013. O termo é passível de renovação, mas depende das condições da malha de gás argentina.
Assim, um novo acordo é buscado como alternativa para aumentar a frequência de utilização da termelétrica Uruguaiana. Apesar de as condições de operação neste ano serem as mesmas do ano anterior, o MME esclarece que “o despacho realizado neste ano foi por ordem de mérito, uma vez que seu Custo Variável Unitário (CVU) é inferior ao atual Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)”.
A usina retomou a operação em caráter de urgência desde o mês de fevereiro deste ano, e estava gerando 490MW. A importação do gás da Argentina era feita através da Sulgás, e limitada até 2,8 milhões de metros cúbicos.
O transporte do combustível utilizava o trecho 1 do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre (Gasup), pertencente à Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB).
Sobre a questão, a AES Uruguaiana responsável pela operação da usina, esclarece que a toda a carga de gás disponibilizada já foi consumida, e que o retorno da usina a operação depende das determinações do MME.
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