segunda-feira, 14 de abril de 2014

Rio Grande do Sul atinge meta de vacinação contra o HPV

A Campanha de Vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) encerra-se oficialmente nesta quinta-feira, 10. Com 198 mil meninas vacinadas entre os 11 e 13 anos, o Rio Grande do Sul alcançou 81,3% de cobertura da população-alvo, ultrapassando a meta, que era de 80%. As jovens que receberam agora a primeira dose devem receber a segunda daqui a seis meses, com um reforço após cinco anos. O HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, um dos tipos de maior incidência entre as mulheres. Pela primeira vez uma vacina contra esse vírus está sendo feita gratuitamente pelo SUS.
Ao todo, foram quase 10 mil entidades de ensino no Estado que receberam equipes de saúde para a aplicação da dose de acordo com um calendário estabelecido pelos municípios. A orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) é que os municípios mantenham as doses da vacina restantes em suas unidades de saúde para atender as jovens (que estiverem dentro da faixa etária indicada) que não puderam ser vacinadas durante a campanha.
A cobertura até o momento é maior entre as meninas com 13 anos de idade, onde 95% do público nesta faixa já foram vacinadas. Nas idades de 11 e 12 anos, a cobertura ficou pouco abaixo dos 80%. Mesmo com o fim da campanha esses índices devem aumentar, já que os municípios ainda estão alimentando o banco de dados do sistema de acompanhamento das doses aplicadas.
O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero. Pelo menos 12 tipos de HPV são considerados oncogênicos, ou seja, podem ocasionar tumor canceroso. Dentre as variantes de alto risco, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacina a ser oferecida pelo SUS é contra estes dois tipos e outras duas formas do HPV que resultam em lesões genitais (verrugas).
Sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente via sexual. Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus.

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