segunda-feira, 14 de abril de 2014

Sessão ordinária: Ciclovia vira discussão e vereador ‘galo’ tenta limpar a barra do chefe

A Ciclovia foi tema de mais um requerimento apresentado por um parlamentar na Câmara de Vereadores. Desta vez, Luís Gilberto Risso (PMDB) solicitou um parecer técnico sobre o assunto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). O requerimento foi aprovado pelos parlamentares, mas durante o debate sobre o assunto, uma acalorada discussão entre os vereadores Egídio Carvalho (PSDB) e Josefina Soares (PP) se destacou. O motivo, mais uma vez foi o ex-prefeito José Francisco Sanchotene Felice.
Josefina apoiou o entendimento de Risso, de que o valor oficialmente gasto na obra, R$ 2 milhões, é um tanto alto para o que foi feito. “É estranho um gasto tão grande com umas pedras de concreto e uma pintura no chão”, disse Risso. A progressista seguiu o raciocínio. “Para começo de conversa, estragaram uma das pouca vias que nos levava aos bairros e que estava em bom estado; agora a Flores é somente uma mão. E realmente, se custou dois milhões, é muito dinheiro para colocar pedras de concreto na rua”, disse ela, levantando ainda a possibilidade de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Egídio saiu em defesa do ex-prefeito e alegou que o projeto passou pela Casa Legislativa, e à época não foi discutida esta questão. “Essa obra foi realizada na gestão passada, e nenhum vereador questionou o custo. Vocês estavam aqui; eu não estava”, disse Egídio. Em resposta, Josefina lembrou que Felice “não respeitava esta Casa. Esta Casa de nada sabia, pois ele dava um ‘canetaço’ e dizia que o povo estava do lado dele”, disse. O presidente da Casa, vereador Ronnie Mello, lembrou ao recém chegado Egídio, que o projeto não passou pela Câmara de Vereadores. “Sabíamos da existência de um projeto para construção de uma ciclovia, mas isso não passou por esta Casa. Nem projeto, nem valores. Sem falar, que a oba foi concluída às pressas por conta do período eleitoral e aí foi feita desse jeito, que é um fiasco”, disse Ronnie, que solicitou informações sobre a origem da verba utilizada na obra. “Inicialmente, a ciclovia seria feita com recursos oriundos do Banco Mundial, mas isso não se concretizou. E duvido muito que tenha custado este valor”, concluiu.

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