sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Escalas eram modificadas à revelia do Pronto Socorro

O chefe do Pronto Socorro Municipal de Uruguaiana, médico Jorge Ribeiro, disse em entrevista ao Jornal CIDADE, ser impossível identificar os médicos responsáveis pela caótica situação vivida pelo Pronto Socorro durante o feriado de Ano Novo. Segundo ele, a escala médica é feita pelo setor de Recursos Humanos e modificada pelos médicos diante de imprevistos, interesses e/ou conveniências pessoais. “Eles mudam os horários entre eles e isso não é registrado em escala”, disse Ribeiro. 
Ribeiro defendeu o colega Jandir Palma e disse não ter sido ele o profissional descomprometido com o trabalho, que faltou ao plantão fatídico daquela quarta-feira, sem, contudo, informar quem foi o faltoso. “Jandir tentou inclusive ajudar”, relatou do Pronto Socorro, ao enfatizar a necessidade de que as modificações nas escalas sejam registradas em documentos assinados pelos médicos.
Jandir Palma havia saído do plantão às 8h daquele dia 1º de janeiro, após cumprir uma jornada extenuante iniciada na segunda-feira, dia 30/12, às 14h, e que só foi interrompida por um período de 4h, no dia 31/12, quando o médico atendeu no Caps/AD. O médico saiu do fatigante plantão e foi dormir, sendo despertado por sua esposa Débora, que se preocupou ao constatar diversas chamadas ao celular de Jandir, feitas por Jorge Ribeiro, e também do administrador do hospital, Geovani Cravo. Débora lamenta que a família não tenha desfrutado da companhia do médico nem na noite de Réveillon, tampouco no feriado de início de ano, pois ele mal descansou e já retornou para assistir a população que buscava socorro médico, e mostra-se resignada com a injusta acusação de faltar ao plantão sem haver qualquer reconhecimento do trabalho do marido, que laborou por 42h ininterruptas.
Jorge Ribeiro também não confirmou o envolvimento do médico Olavo Rodrigues no “imprevisto” do dia seguinte e que resultou em falta de atendimento. “Não podemos confirmar o nome de ninguém antes da conclusão da sindicância”. 
Os médicos do Pronto Socorro estão sendo ouvidos em Sindicância.

1 comentários:

Anônimo disse... [Responder comentário]

Eita Dr. Chefe já quer abafar o caso.
Como que um empregado faz escalas?e fica nisso sem controle? quem controla as horas? cadê o cartão ponto? e os que vão para o PS dormir?
no tempo do poste não era essa bagunça de empregado mandando no patrão...