Em audiência no Itamaraty na quarta-feira (4), o deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) e a vereadora de Uruguaiana Jussara Osório (PSDB) expuseram algumas dificuldades vividas por moradores da fronteira após a criação da Carteira de Trânsito Vicinal Fronteiriço. O documento dá acesso a serviços públicos e gratuitos de educação e saúde para brasileiros e argentinos que vivem na fronteira.
O problema é que alguns moradores têm se queixado de que autoridades argentinas vêm exigindo o documento na travessia da fronteira, mesmo que o cidadão não tenha a intenção de se valer de serviços do país vizinho.
— O documento em si é uma iniciativa boa. O que não pode ocorrer é a obrigatoriedade de portá-lo para simplesmente passar de um país a outro — diz Marchezan.
Jussara, que acompanha o problema diariamente, lembra que os acordos bilaterais privilegiam o trânsito de mercadorias entre ambos os países, esquecendo do cidadão:
— O trânsito de mercadorias pela fronteira é facilitado por recursos tecnológicos, enquanto o ser humano ainda depende de um papel carimbado por uma autoridade migratória de plantão para cruzar a Ponte Internacional. Na reunião no Itamaraty, a ministra Eugênia Barthelmess disse que encaminhará o assunto no âmbito dos ministérios das Relações Exteriores de ambos os países. O deputado Marchezan afirmou que acompanhará os desdobramentos, em sintonia com a vereadora Jussara.
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