terça-feira, 22 de outubro de 2013

Guarda Municipal entra em greve

A Guarda Municipal de Uruguaiana entrou novamente em greve por tempo indeterminado na quinta-feira, 17/10. O motivo é o mesmo: salários reduzidos pelo corte de hora extra, reivindicação pelo pagamento das horas extras atrasadas, além de outros 20 itens que compõem a pauta de reivindicações. A greve reiniciou às 8h com adesão de 70% dos servidores. Segundo eles, um número ainda maior de guardas municipais e vigilantes pretendia parar os trabalhos, porém, obrigatoriamente a categoria precisa manter 30% do efetivo ativo para atender os principais pontos de serviço do Município.
Durante a sessão plenária na Câmara de Vereadores, os profissionais lotaram o plenário. Fazendo uso da palavra, a vice-presidente do Sindicato dos Municipários de Uruguaiana (Simur), Andréa Jardimressaltou as tentativas de negociar com a Prefeitura, mas sem sucesso. “Já é uma prática desse governo esperar uma decisão judicial para resolver as coisas”, disse, referindo-se a reunião com o secretário de Governo, Fernando Alves. “Perguntamos se teria como o pagamento ser feito de forma parcelada, que ficasse bom para os dois lados e ele disse que não; então falamos que acionaríamos a Justiça e ele disse: ‘acionem que na Justiça a gente paga’”, contou. Por proposta da vereadora Josefina Soares, a Câmara decidiu assinar um documento de apoio aos servidores.
Atualmente o contingente da Guarda Municipal é de 130 pessoas entre homens e mulheres, dos quais 60 estão em estágio probatório e, há 93 postos de serviço.
Segurança privada
Após ouvir do secretário de Segurança e Trânsito, Vitor Gediel, relatório sobre a adesão dos guardas municipais no primeiro dia de greve e saber que o posto de saúde do Cacau foi invadido por vândalos. Schneider determinou a contratação de empresa privada para realizar a segurança dos bens públicos. Durante a invasão ao posto, todas as vacinas lá armazenadas foram furtadas. “Nossa situação financeira não permite esse gasto, mas, diante da radicalização, vamos contratar o serviço de quantos guardas forem necessários”, afirmou Schneider.
Vale destacar que a invasão ao posto não é um caso isolado, pois várias ocorrências já foram registradas neste sentido. Além disso, o local não oferece iluminação e sequer as portas possuem fechaduras. 
Quanto a reivindicação dos grevistas pelo pagamento das horas-extras trabalhadas no período entre 31 de maio e 09 de junho, o prefeito diz que foram compensadas, segundo escala de serviço apresentada pelo Executivo à auditora- fiscal do Ministério do Trabalho Ana Torelly, dia 17. Semana que vem o Tribunal Regional do Trabalho decidirá sobre a abusividade, ou não, da greve. - Se o TRT entender que a greve é abusiva, serão descontados todos os dias parados, além de aplicada multa. E isso é bem mais do que as horas que estão agora reclamando, completou Schneider.

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