Desativar o Lixão é a única saída, diz o Corpo de Bombeiros
Desde a última terça-feira, 11/9, o “lixão” de Uruguaiana queima noite e dia. Não é uma novidade, já que o problema é an
tigo, mas a situação é cada vez pior e até agora, duas malocas que serviam de residência para moradores do local, e um poste de telefonia localizado as margens da rodovia BR 290, foram atingidos pelo fogo, que queimou uma parte significativa da vegetação. Ninguém se feriu até o momento.
tigo, mas a situação é cada vez pior e até agora, duas malocas que serviam de residência para moradores do local, e um poste de telefonia localizado as margens da rodovia BR 290, foram atingidos pelo fogo, que queimou uma parte significativa da vegetação. Ninguém se feriu até o momento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi feito o que era possível; a maior preocupação é que o fogo não se alastre ainda mais, mas extingui-lo se mostra algo impossível. Trata-se de uma combustão espontânea, quando não há uma fonte inflamável externa e o fogo tem início através de fermentação, entre outros processos químico-físicos. É possível constatar vários focos de incêndio por todo o território utilizado para depósito de resíduos e, em meio à fumaça, estão os seres humanos, muitos deles moradores do local e que sobrevivem da cata de materiais descartados, mas que servem para reciclagem.
Segundo o sargento José Antônio Alves, relações públicas da Corporação, outra questão preocupa: a fumaça é tóxica, além de conter resíduos gasosos produzidos pela decomposição do lixo, tais como metano, que é extremamente danoso e altamente inflamável e explosivo. Os danos as pessoas e ao meio ambiente são gravíssimos e, muitas vezes irreversíveis. Conforme Alves, o Corpo de Bombeiros acompanha a situação e tem estado no local trabalhando, mesmo que inutilmente, no combate ao fogo. A Secretaria de Obras encaminhou máquinas que reviraram o lixo e colocaram cargas de terra, visando abafar o fogo. Para o Sargento, a única solução definitiva é desativar o lixão. “A única medida que acredito que solucionaria é essa, aterrar o local e desativá-lo”, comenta.
Aterro Sanitário
Até quatro de agosto do próximo ano todos os lixões do Brasil deverão estar desativados, porém, a construção do Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos continua aguardando a Licença de Instalação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Ao todo, são três licenças concedidas pelo órgão, sendo que a primeira delas, a Licença Prévia já foi concedida, porém, um embargo judicial impediu a realização dos estudos ambientais necessários para a Licença de Instalação, deixando o processo parado por um longo período de tempo. Em janeiro o município reverter a decisão, e o processo administrativo voltou a tramitar, mas não há novidades até o momento.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Francisco Robalo Fernandes, a expectativa é de que a licença seja concedida em outubro. “Essa é a informação que recebi da Fepam na última oportunidade em que estive lá. O período para liberação desta licença leva cerca de seis meses, então acreditamos que seja liberado em outubro”, diz. Ele admite que a única saída para o problema que vem sendo enfrentado atualmente com o lixão, é a construção do Aterro Sanitário e a desativação do atual local. “Controlar essa situação não é nada simples, pois é muito fundo e a única alternativa é a terra. Infelizmente, enquanto não implantarmos o Aterro Sanitário, teremos que conviver com essa situação”, diz ele, lembrando ainda que a chuva que vem sendo prevista na região será de grande ajuda para controlar temporariamente a situação.
Juntamente com a Licença de Instalação, a Fepam encaminha algumas recomendações finais e, após a instalação é realizada uma vistoria; estando tudo dentro das condições do órgão, é emitida a Licença de Operação; uma fase que costuma ser bem mais simples e rápida do que a atual.
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