Nos últimos sete anos, pelo menos 3,2 mil pessoas, segundo o IBGE, foram incorporadas ao quadro de comissionados, cujas vagas dispensam concurso público e costumam ser preenchidas por indicação política. O acréscimo chama a atenção em um momento em que os prefeitos se queixam da falta de recursos.
De 2005 a 2012, o número de CCs passou de 19,6 mil para 22,8 mil no Estado, na administração direta municipal (incremento de 16,4%). Isso significa que, em média, havia um CC em atividade para cada 471 gaúchos no ano passado. A título de comparação, no Estado de São Paulo — campeão em postos de livre nomeação na esfera municipal — a proporção era de 752 habitantes por CC.
Quando se amplia o foco para o país, a abertura de vagas do tipo avançou ainda mais no período: 33,4%. Prefeitos brasileiros nomearam um batalhão de 127,1 mil CCs. O aumento surpreende diante da penúria financeira em que se encontram as gestões municipais, que têm pressionado o Planalto a ampliar os repasses. Cidades menores têm mais cargos em relação à população. Os dados compilados pelo IBGE indicam que o município gaúcho com mais CCs é também o mais populoso do Estado: Porto Alegre.
Em 2012, a Capital contabilizava 527 nomeações do tipo ou um comissionado a cada 2,6 mil habitantes. Desde então, o número já aumentou. No mês passado, segundo o Portal da Transparência da prefeitura, havia 693 CCs na administração centralizada.
Mas o que mais chama a atenção no levantamento não são os dados referentes aos grandes centros. Confira os divulgados pelo IBGE em relação a Uruguaiana e Barra do Quaraí.
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