sábado, 25 de maio de 2013

SOS: Rede pública tem um médico para cada 2.613 uruguaianenses


Uma pesquisa publicada na última segunda-feira pelo jornal Zero Hora, mostra dados preocupantes em relação a falta de médicos no País. Segundo a pesquisa, o Brasil apresenta 1,8 médico a cada 1 mil habitantes. No Rio Grande do Sul, a média é de 2,38 médicos a cada 1 mil habitantes. Em Uruguaiana, são 0,95 médicos para os mesmos 1 mil habitantes.

Os prefeitos afirmam que não há médicos suficientes no Brasil e lutam junto ao Governo Federal pela liberação da "importação" de profissionais. Por outro lado, os médicos afirmam que os prefeitos não investem em saúde e que querem garantir saúde às suas comunidades sem pagar salários convincentes. Em Uruguaiana, de acordo com o prefeito Luiz Augusto Schneider, a rede pública conta com 48 médicos – 27 efetivos e 21 contratados. Esses médicos têm como missão atender 125.435 munícipes, segundo o último Censo. Os números mostram que existe um médico a cada 2.613 pacientes, ou 0,38 médicos para cada 1 mil habitantes. 

De acordo com o delegado do Sindicato dos Médicos do RS em Uruguaiana, Oscar Blanco, o município oferece cerca de 120 médicos, entre públicos e particulares. A média neste caso sobe para 1.040 pacientes para cada médico, ou 0,95 médicos para cada 1 mil habitantes. 

Através dos contratos, a Prefeitura de Uruguaiana paga aos seus médicos salários de até R$ 10 mil. Já os médicos efetivos (concursados), ganham salários inferiores a R$ 2 mil. Se abandonar a rede pública dedicando-se apenas ao atendimento particular, um médico pode multiplicar tranquilamente sua renda, para R$ 10 mil por semana, já que dependendo da especialidade, uma consulta chega a custar R$ 300. 

Além dos problemas em relação a rede pública, ainda existem impasses entre o médicos e os convênios, como é o caso do Instituto de Previdência do Estado. Segundo Blanco, poucos médicos atendem hoje pelo o IPE e os que atendem limitam as consultas por mês. O médico chega á demorar seis meses para receber o valor de uma consulta feita pelo Instituto. 

Nesta quarta-feira, médicos conveniados ao IPE prometem interromper atendimentos em todo o Estado. O objetivo é pressionar o Instituto a cumprir com os pagamentos em dia. O Simers não confirmou a participação dos médicos de Uruguaiana no movimento.

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