quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Entidades do agronegócio cobram ações efetivas de socorro

Enquanto as projeções de quebra de safra aumentam, entidades representativas do agronegócio gaúcho identificam, em alguns casos nos anúncios de governo, muita vontade política e poucos planos saindo do papel. Em outros, apenas a ausência de efetividade no tratamento das demandas prioritárias do setor com os estragos da estiagem.“De concreto, apenas a consolidação do prejuízo do campo. Não existe sensibilidade dos governos diante da realidade de um problema que tem de ser atendido com urgência. Existem liberações localizadas em prefeituras e para o cidadão que sofria com o desabastecimento de água, mas para os ruralistas até o momento nada foi feito”, reclama o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.
O governo do Estado informou que dos municípios que se habilitaram aos recursos do decreto de emergência coletiva, 117 já começam a receber verbas que atingem até agora somente R$ 51,9 mil, extraídos de um total de R$ 18 milhões disponibilizados pelo governo federal. A liberação pode ser utilizada exclusivamente para a compra de cestas básicas, caixas d´água, filtros, poços e óleo diesel para transporte de água e a Casa Civil afirma ter reduzido as exigências para acelerar o socorro às populações.
No que se refere aos agricultores, o Palácio Piratini reiterou a política permanente de perfuração de açudes em propriedades particulares, com cobertura de 80% dos custos. Segundo dados divulgados, em 2011, foram 450 açudes, 302 ainda em andamento. Entre as próximas ações, estão financiamentos para capacitação dos agricultores, o lançamento do plano de Irrigação, previsto para março e 48 mil sacas de milho para a safrinha emergencial, ofertados aos municípios, sindicatos rurais e cooperativas no sistema troca-troca de sementes. O Ministério do Desenvolvimento acatou o pedido de uma comitiva gaúcha e deve postergar até 31 de julho todas as operações de custeio e investimento do Pronaf relativo à safra 2012 de milho, soja e feijão.
Sperotto é enfático ao discordar e afirma que os recursos não chegarão às mãos dos produtores. Para ele, o foco das medidas é restrito à população urbana. “Realizamos uma série de reuniões no interior e encontramos dificuldades até mesmo para explicar aos sindicatos a ausência de fatos concretos. Não se pode deixar para depois a adoção de resoluções para os prejuízos dos agricultores”, defende ao lembrar que no dia 15 deste mês vencem as parcelas referentes à compra de máquinas agrícolas e, apesar de sinalizações do Conselho Monetário, instituições financeiras alegam a ausência de publicação oficial para a flexibilização dos prazos.
“Para o custeio de Safra de quem está fora do Pronaf não há nada. Existem os anúncios de sempre e uma má vontade explícita quanto às informações aos produtores rurais. Aliado a isso, os bancos utilizam as facilidades na hora de fazer a venda e depois não têm condições de atender às flexibilizações que são inerentes à atividade”, contesta.

1 comentários:

Anônimo disse... [Responder comentário]

qdo a safra é ruim o governo tem que cobrir o prejuízo.. quando a safra é boa o lucro é a alegria das concessionárias de camionete!!! seeempre chorando!!! sanguessugas do nosso dinheiro. se tá ruim...planta babatas ora!!