Uma funcionária do jornal Diário da Fronteira, foi detida e conduzida à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), no final da manhã de ontem, 12/7, pela Brigada Militar.
Conforme os policiais militares, Kelly Rolim desrespeitou um sinal vermelho na esquina das ruas XV de Novembro com Padre Anchieta, desobedeceu a ordem de parar, fugiu em alta velocidade pela Rua Pinheiro Machado e, ao ser abordada, já na frente de casa, se recusou a apresentar documentos pessoais e do veículo, desferiu um tapa no rosto do soldado José Francisco Souza, além de incitar parentes e populares a interferir na ação policial.
Kelly nega ter avançado o sinal vermelho, e conta ter percebido que estava sendo seguida por uma viatura já próximo à sua casa, na Rua Eustáquio Ormazabal, onde recebeu ordem para parar, e obedeceu, estacionando já frente à residência. Durante a abordagem, o soldado João Juliano Gorges apontou uma arma de grosso calibre para seu filho, de dois anos, que foi arrancado de seus braços. Kelly diz ter recebido uma bofetada, sendo “gravateada” e arrastada pela rua até a viatura. Ainda segundo Kelly, sua mãe, duas tias e um tio também foram agredidos, restando lesionados, Ela foi conduzida à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde chegou algemada e aos prantos. Ela conta que durante o trajeto sofreu severas agressões verbais.
Na DPPA, ela permaneceu algemada por cerca de 40 minutos, sendo impedida pelos policiais militares de receber orientação do advogado Carlos Roberto Souza de Souza, chamado pela família para prestar-lhe atendimento jurídico. Depois de muita reivindicação, o profissional finalmente falou com a cliente e exigiu a retirada das algemas. Enquanto isso, policiais militares, inclusive Souza, permaneceram na mesma sala que Kelly, fortemente armados.
Carlos Roberto substabeleceu poderes ao advogado Francisco Azambuja Barbará, que acompanhou o depoimento. Kelly foi liberada após lavratura de um Termo Circunstanciado.
Conforme os policiais militares, Kelly Rolim desrespeitou um sinal vermelho na esquina das ruas XV de Novembro com Padre Anchieta, desobedeceu a ordem de parar, fugiu em alta velocidade pela Rua Pinheiro Machado e, ao ser abordada, já na frente de casa, se recusou a apresentar documentos pessoais e do veículo, desferiu um tapa no rosto do soldado José Francisco Souza, além de incitar parentes e populares a interferir na ação policial.
Kelly nega ter avançado o sinal vermelho, e conta ter percebido que estava sendo seguida por uma viatura já próximo à sua casa, na Rua Eustáquio Ormazabal, onde recebeu ordem para parar, e obedeceu, estacionando já frente à residência. Durante a abordagem, o soldado João Juliano Gorges apontou uma arma de grosso calibre para seu filho, de dois anos, que foi arrancado de seus braços. Kelly diz ter recebido uma bofetada, sendo “gravateada” e arrastada pela rua até a viatura. Ainda segundo Kelly, sua mãe, duas tias e um tio também foram agredidos, restando lesionados, Ela foi conduzida à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde chegou algemada e aos prantos. Ela conta que durante o trajeto sofreu severas agressões verbais.
Na DPPA, ela permaneceu algemada por cerca de 40 minutos, sendo impedida pelos policiais militares de receber orientação do advogado Carlos Roberto Souza de Souza, chamado pela família para prestar-lhe atendimento jurídico. Depois de muita reivindicação, o profissional finalmente falou com a cliente e exigiu a retirada das algemas. Enquanto isso, policiais militares, inclusive Souza, permaneceram na mesma sala que Kelly, fortemente armados.
Carlos Roberto substabeleceu poderes ao advogado Francisco Azambuja Barbará, que acompanhou o depoimento. Kelly foi liberada após lavratura de um Termo Circunstanciado.
Retaliação
Na última semana, Kelly registrou uma ocorrência policial contra um dos PMs envolvidos na abordagem, o soldado José Francisco Souza. Na ocasião, ela e um colega apuravam a condução de um acusado de furto, que acabou preso em flagrante. Kelly, juntamente com um colega, foi hostilizada, ofendida e ameaçada de prisão pelo mesmo soldado Souza. O fato ocorreu no plantão da DPPA, e foi testemunhado pelos policiais civis presentes.
Na terça-feira, uma repórter da Rádio Líder FM, juntamente com o motorista, foi abordada enquanto cobria outra ocorrência policial. Na ocasião, foram solicitados os documentos do veículo, cujo certificado de licenciamento, embora pago, não havia sido emitido. Os policiais apreenderam o automóvel e foram intolerantes ao pedido de tempo para que o comprovante de pagamento do licenciamento fosse apresentado. O veículo foi apreendido, com direito a ‘selfie’ dos policiais.
Kelly Rolim sustenta a tese de que as ações dos policiais são retaliação em razão de matéria veiculada pelo periódico onde trabalha, envolvendo ambos em acusações homofobia e agressão a um transgênero.
Na Delegacia, o PM Gorges contou à reportagem do Jornal CIDADE, que a ação desta quarta-feira era para ser de rotina, mas tomou outro rumo ante a resistência da profissional. Já o PM Souza disse que o comando fala por ele. Procurado, o major Gerson Corrêa de Mello, que responde pelo comando do Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF), não foi encontrado.
Na última semana, Kelly registrou uma ocorrência policial contra um dos PMs envolvidos na abordagem, o soldado José Francisco Souza. Na ocasião, ela e um colega apuravam a condução de um acusado de furto, que acabou preso em flagrante. Kelly, juntamente com um colega, foi hostilizada, ofendida e ameaçada de prisão pelo mesmo soldado Souza. O fato ocorreu no plantão da DPPA, e foi testemunhado pelos policiais civis presentes.
Na terça-feira, uma repórter da Rádio Líder FM, juntamente com o motorista, foi abordada enquanto cobria outra ocorrência policial. Na ocasião, foram solicitados os documentos do veículo, cujo certificado de licenciamento, embora pago, não havia sido emitido. Os policiais apreenderam o automóvel e foram intolerantes ao pedido de tempo para que o comprovante de pagamento do licenciamento fosse apresentado. O veículo foi apreendido, com direito a ‘selfie’ dos policiais.
Kelly Rolim sustenta a tese de que as ações dos policiais são retaliação em razão de matéria veiculada pelo periódico onde trabalha, envolvendo ambos em acusações homofobia e agressão a um transgênero.
Na Delegacia, o PM Gorges contou à reportagem do Jornal CIDADE, que a ação desta quarta-feira era para ser de rotina, mas tomou outro rumo ante a resistência da profissional. Já o PM Souza disse que o comando fala por ele. Procurado, o major Gerson Corrêa de Mello, que responde pelo comando do Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF), não foi encontrado.
Ministério Público
Ao tomar conhecimento de um possível abuso de autoridade, o promotor de Justiça Luiz Antônio Barbará Dias esteve na Delegacia de Polícia, conversou com os policiais de plantão e se inteirou na situação.
À reportagem do Jornal CIDADE, Barbará disse que a família deve provocar formalmente o Ministério Público, para que este solicite a instauração de inquérito policial pela Polícia Civil.
Ao tomar conhecimento de um possível abuso de autoridade, o promotor de Justiça Luiz Antônio Barbará Dias esteve na Delegacia de Polícia, conversou com os policiais de plantão e se inteirou na situação.
À reportagem do Jornal CIDADE, Barbará disse que a família deve provocar formalmente o Ministério Público, para que este solicite a instauração de inquérito policial pela Polícia Civil.
Afastamento
O CIDADE foi informado no início da noite de ontem, que a conduta dos policiais será apurada pela Brgada Militar através de procedimento próprio, e o PM Souza está provisóriamente retirado do policiamento ostensivo e destacado para a guarda externa da Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana.
O CIDADE foi informado no início da noite de ontem, que a conduta dos policiais será apurada pela Brgada Militar através de procedimento próprio, e o PM Souza está provisóriamente retirado do policiamento ostensivo e destacado para a guarda externa da Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana.
Gabriela Barcellos
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