terça-feira, 18 de julho de 2017

Assassinados no menino Bruno são condenados a 23 anos de prisão


A juíza Cristiana Acosta Machado condenou os dois homens acusados matar o adolescente Bruno Ricardo Alves Maurer, de 17 anos, em agosto do ano passado. Os dois responderam por latrocínio. A sentença é de sexta-feira, 14/7.
Diego Fernando Fialho Pintos, 20 anos à época, conhecido como ‘Didi’ e apontado como autor do disparo que matou Bruno foi condenado a foi condenado a 24 anos, nove meses e 15 dias de reclusão. Já Carlos Henrique Gutierrez, 21 anos, conhecido como ‘Keno’, o motorista de fuga, foi condenado a 24 anos, 02 meses e 15 dias de reclusão.
O crime ocorreu no dia nove de agosto, por volta de 20h30min, na Rua Andradas, nº 1336, bairro Santo Antônio, a casa de Bruno. O adolescente e um amigo, Jean Francisco de Oliveira Martins, conversavam próximo ao portão da casa, quando um dos bandidos, ‘Didi’ se aproximou sorrateiramente, e anunciou o assalto. O primeiro a entregar o telefone celular foi Jean Francisco, que apesar de não ter reagido, recebeu uma coronhada na cabeça. Imediatamente, o ‘Didi’ mandou que Bruno entregasse o celular. O adolescente também não reagiu, mas acabou sendo baleado a queima roupa, no peito.
Após ferir mortalmente Bruno, Diego correu até a esquina, onde Carlos Henrique o aguardava em uma motocicleta CG Titan vermelha.
Investigação
O crime foi investigado pela Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), à época, sob o comando da delegada Caroline Huber. Rapidamente, a equipe de investigação da Defrec esclareceu o crime. de acordo com Carolone, com auxílio da população, uma vez que diversas denúncias anônimas foram registradas, e graças ao empenho e dedicação da equipe de policiais da especializada.
Entre as provas colhidas ao longo do processo está o depoimento da vítima sobrevivente, Jean Francisco. Ele contou que viu somente um dos bandidos, o que os abordou e que não viu a moto. Ele também participou, ainda na fase policial, de diligências de reconhecimento, e reconheceu, duas vezes e sem dúvida, ‘Didi como o homem que os abordou.
Outra testemunha confirmou a presença de outro assaltante, aguardando na motocicleta, como sendo um homem “baixo e parrudo” e os reconheceu pelas vestes.
Também consta no processo o depoimento de Marco Aurélio da Silva Mombaque, dono da motocicleta usada pelos assaltantes. Ele contou que Diego pegou a moto em sua casa, por volta de 20hs. Que após uns 10min a 15min, retornou com a moto. Que Diego aparentava estar nervoso quando retorno e que quando saiu com a moto estava calmo. No entanto, o Marco disse não ter visto Carlos Em momento algum.
Acusados
Em interrogatório, o acusado Diego Fernando Fialho Pintos, o primeiro a ser identificado pela polícia, negou os fatos. Questionado sobre a razão pela qual deixou a cidade logo após prestar o primeiro depoimento, disse que foi “para Santa Catarina para trabalhar e voltou quando soube que Carlos estava preso”. E admitiu ser usuário de drogas. Contou que na data do crime, estava na casa de Carlos desde às 18hs e que, por volta de 19h pediu a moto para Marco Aurélio para ir falar com a sua mãe, seguiu em direção a Marduque e logo retornou, pois sua mãe não estava em casa.
Carlos também negou ter participado do crime, e disse que estava em casa naquele dia, e que Diego estava lá desde às 18h30min. Ele também confirmou a saída do amigo para ir até a casa da mãe e que quando o rapaz voltou, foram a um plantão comprar cigarros, a pé. 
Para a Juíza, porém, a prova colhida foi suficiente para a condenação. Os dois ainda tentaram imputar o crime a outras duas pessoas, no entanto, ao longo da investigação policial, ficou comprovada a autoria. “Ficou claro, ainda, durante a instrução do feito, que os familiares dos acusados, tentaram de todas as formas intimidar os familiares das vítimas e testemunhas do fato”, destacou a Juíza na sentença, lembrando que testemunhas presenciais da fuga dos acusados estavam com muito medo de prestar depoimento pela segunda vez, pois foram procurados em sua residência, em um ato de total intimidação.
Os dois estão presos desde a época do crime, e assim continuarão. As defesas dos acusados já estão providenciando os recursos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Até lá, ‘Didi’ e ‘Keno’ permanecem na Penitenciária Modulada Estadual De Uruguaiana.
Gabriela Barcellos

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