O laudo pericial das amostras coletadas na casa de um dos suspeitos do desaparecimento da jovem Patrícia Pinto dos Santos ainda não foi formalmente encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), mas o delegado Enio Tassi já teve acesso ao resultado, que deu negativo para sangue humano.
A coleta foi realizada por uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IPG) de Santana do Livramento, no dia quatro de abril, a pedido de Tassi, na casa de Anderson Rogério dos Santos Pinto, 34 anos, o ‘Xexéu’, que está preso preventivamente. Na ocasião foram encontradas marcas que reagiram ao luminol, uma substancia química que reage em contato com sangue em pelo menos dois locais diferentes da casa. No entanto, o exame técnico apontou que a substancia encontrada não é sangue humano. Também foram coletadas amostras de cabelo e apreendidos alguns objetos, como facas. No pátio, um buraco chegou a ser cavado em local suspeito, no entanto, nada foi encontrado. O laudo oficial deverá dar maiores detalhes sobre o material encontrado, bem como sobre a análise dos cabelos.
O desaparecimento
Patrícia Pinto dos Santos, agora com 18 anos, desapareceu no dia seis de outubro do ano passado, depois de sair da casa da casa da mãe, onde vivia, na Rua Prado Lima, para ir a um baile, acompanhada de uma amiga. De lá para cá, a família nunca mais teve notícias da menina. Da última vez que foi vista, estava com a amiga e com dois homens, considerados suspeitos.
A DPCA difundiu o desaparecimento da jovem para todo o Estado. Uruguai e Argentina também foram alertados. Ao longo dos meses, várias informações chegaram ao conhecimento da polícia, inclusive de que ela teria sido vista em uma boca de fumo na Vila Betânia. Todas foram apuradas e nenhuma obteve resultado. No entanto, Tassi diz que a Delegacia trabalha com a possiblidade de a jovem ainda estar viva. “Enquanto não encontrarmos evidencias cabais de que houve uma morte, estamos investigando um desaparecimento. Ainda há esperanças”.
Gabriela Barcellos
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