Há sete anos, o uruguaianense Sidney Campodonico Filho, pesquisador do IEP/HCor, estuda o comportamento da planta Cayaponia tayuya, adquirida através dos nativos da Amazônia. Segundo ele, o composto químico desta planta possui propriedades analgésicas e antiinflamatórias. Seu amargor característico acredita-se, serve para defesa da planta para livrar-se dos herbívoros. O elemento fundamental é a Cucurbitacina, produto constituinte na raiz da planta, está classificado quimicamente como esteróide, formalmente derivado do cucurbitano, um hidrocarboneto triterperpene, encontrado em muitas raízes de plantas, principalmente na raiz da taiuiá, informa o Campodonico.
Por tratar-se de um estudo experimental, ele não recomenda a auto medicação, o que amiúde ocorre, as plantas medicinais serem consumidas livremente, o que ele não aconselha. Ressalta ainda que substituição do tratamento tradicional pela planta não deve ser feito O material será enviado aos pesquisadores da Escola Superior de Agricultura (ESALQ) - Universidade de São Paulo (USP) para ser analisado; e através de requerimento de inscrição, servirá para capacitação de seu pós doutorado. Evidenciado através de inúmeros testes que os componentes das plantas são realmente eficazes, a medicação será futuramente desenvolvida em laboratório, concluiu Campodonico.
O Brasil é o país com a maior riqueza de plantas no mundo – a primeira versão do levantamento, publicada em 2010, listava 40.989 espécies. Esse número não vai parar de crescer tão cedo porque novas espécies são identificadas e descritas continuamente em revistas científicas. Em média, são apresentadas cerca de 250 novas espécies por ano com novas propriedades medicinais.
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