terça-feira, 27 de setembro de 2016

Bancos de Uruguaiana continuam em greve

Daiany Mossi

A greve dos bancários chega ao seu 22º dia nesta terça-feira, superando a mais longa da história da categoria, que era de 21 dias. 
Em Uruguaiana, apenas os funcionários do Sicredi não aderiram ao movimento. Nas demais agências há participação parcial ou integral da categoria. Os clientes mais prejudicados são os da Caixa Econômica Federal e Banrisul. 
A última rodada de negociação aconteceu no dia 15 e não chegou a nenhum acordo. Desde então, os bancos não se manifestaram para uma nova negociação com os trabalhadores. Sem a manifestação dos bancos, o Comando Nacional dos Bancários enviou um oficio à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitando a retomada das conversas.
Os bancos oferecem 7% de reajuste salarial mais um abono de R$ 3.300, enquanto os bancários reivindicam recomposição da inflação medida pelo INPC, de 9,62%, mais aumento real de 5%, o que significa 14,78% de reajuste.
Em todo o Brasil, 13.385 agências e 40 centros administrativos estavam com as atividades paralisadas. O número representa 57% das agências do país. No Rio, 407 agências e seis prédios administrativos estão fechados. Os números foram anunciados pela Fenaban.

Outras reivindicações 
Além do reajuste, os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Apesar de os bancos oferecerem atendimento eletrônico para quase todos os tipo de transações, algumas operações acabam sendo prejudicadas no período de greve, especialmente nas instituições públicas. Quem não tem conta na Caixa, por exemplo, tem mais dificuldade para receber benefícios como FGTS e seguro-desemprego. Os serviços de financiamentos oferecidos pelas instituições bancárias também estão sendo afetados. Sem negociações marcadas, não há previsão para o fim da paralisação.

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