O município de Uruguaiana possui aproximadamente 23 mil pessoas portadoras de necessidades especiais, segundo o último Censo. O relatório não especifica quantos destes são cadeiras, mas deixa claro que são pessoas que possuem dificuldades de locomoção.
Mas será que a cidade que possui cerca de 130 mil pessoas oferece acessibilidade aos cadeirantes?
O vereador Irani Fernandes, cadeirante desde 2009 quando sofreu um acidente de carro, é só mais um dos tantos uruguaianenses que enfrentam dificuldades para visitar prédios como o da Prefeitura, do Caps, da Policlínica, entre outros que deveriam ser de fácil acesso ao público em geral.
“O teatro, por exemplo, oferece uma rampa de acesso, porém os banheiros do prédio não têm nenhuma segurança. É constrangedor e incompreensível”, disse o vereador.
Durante a entrevista, Irani relatou um fato vivido por ele ontem à tarde. “Devido à falta de acessibilidade, não pude participar de uma reunião de suma importância para a comunidade”.
Segundo ele, apesar de ter sido um dos vereadores que solicitou reunião junto a Secretaria de Indústria e Comércio para tratar a respeito da expansão de uma rede de farmácias na cidade, não pode participar, pois a reunião foi realizada no terceiro andar do prédio do antigo fórum e não existe rampa para ter acesso a tal.
Indagado sobre a questão, o secretário Jorge Prestes disse que não se trata de um problema exclusivo e que outros prédios públicos precisam ser adequados. Ele ressaltou a existência de um estudo por parte da Prefeitura para resolver o problema, porém não há data prevista para o início das obras.
O prefeito foi procurado, mas não atendeu aos nossos telefonemas.
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