Orizicultores da Fronteira Oeste, Depressão Central e Planície Costeira Interna à Lagoa dos Patos desencadearam um movimento de reivindicação pela prorrogação dos vencimentos do custeio da safra gaúcha de arroz. Inicialmente os produtores querem que a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) – até o momento resistente à ideia tome iniciativas no sentido de sensibilizar o governo federal e instituições financeiras, além das indústrias que financiam diretamente os agricultores sobre a necessidade do alongamento.
O avanço nestas questões retiraria a pressão do mercado neste momento de baixa liquidez, cotações abaixo da linha dos R$ 35,00 para o produto colocado na indústria, dificuldades de exportação e tendência de concentração da oferta. A discussão prosseguirá neste sábado à tarde, em Santa Maria, com produtores da Depressão Central.
A mobilização começou em Pelotas, há duas semanas, e ganhou corpo na quinta¬-feira, em Uruguaiana, num encontro de produtores. Segundo participantes, o momento evidencia a existência de duas realidades na lavoura de arroz: um produtor pequeno e médio – boa parte arrendatários – com acesso ao crédito oficial ou financiado por cerealistas, sem condições de pagar as contas pela baixa liquidez e preços no mercado arrozeiro, e a alta dos custos de produção e o grande produtor – proprietário – mais capitalizado, que repudia qualquer intervenção federal.
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