Policiais civis decidiram paralisar as atividades por um dia inteiro com o objetivo de alertar a população sobre a precariedade da Segurança Pública. A data foi agendada para o dia 28 de abril, próxima terça-feira. Os sindicalistas vão oficializar a medida ao secretário da Segurança e ao Chefe de Polícia.
O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, explica que há um desmonte e sucateamento do setor devido à falta de investimento. “Sofremos cortes de 80% nas horas extras das polícias civil e militar. No nosso caso, as investigações estão inviabilizadas. Éramos um exemplo para o país com um índice de elucidação em 70% dos crimes de homicídios, enquanto a média dos outros estados é de 10%”, argumentou.
Os policiais civis também dizem ter receio de que o governo não garanta as promoções previstas para este mês.
Outro temor é em relação a um suposto pacote em fase de elaboração pelo Palácio Piratini e com previsão de chegar à Assembleia na metade de maio prevendo, entre outras medidas, o fim da aposentadoria especial. “Nossa profissão é extenuante e a aposentadoria especial é uma conquista nossa no governo passado e vamos lutar por ela”, declarou Ortiz.
O benefício permite que os policiais se desliguem da carreira após 30 anos de serviço, podendo ser, por exemplo, dez com a carteira assinada em outro setor e mais 20 no serviço público.
Integrantes da Brigada Militar e agentes da Susepe devem apoiar a manifestação dos policiais civis, mas sem paralisar.
Mais de cinco mil policiais fazem parte da corporação e a expectativa do sindicato da categoria é de adesão total ao movimento.
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