O Rio Grande do Sul é o estado que oferece o maior número de leitos hospitalares por habitante para internação em todo o Brasil. De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo DataSUS, sistema do Ministério da Saúde, o Estado atingiu, no último mês, o índice de 2,82 leitos de internação por mil habitantes, o maior em proporção à população entre todos os estados brasileiros. No total, o número de leitos de internação públicos e privados, sem contabilizar os complementares (de UTI, de isolamento e cuidados intermediários), chegou a 31.554, sendo 22.002 pelo SUS.
A liderança do Rio Grande do Sul é seguida do Rio de Janeiro (com 2,73 leitos a cada mil habitantes), Goiás (2,69) e Paraná (2,56), conforme ranking em anexo. A ampliação do número de leitos hospitalares no Estado foi possibilitada com o incremento de 1.021 leitos já disponíveis aos usuários do SUS, distribuídos em hospitais da região metropolitana e do interior do RS.
Junto aos novos leitos, entre convênios e incentivos de cofinanciamento, o Governo do Estado repassou mais de R$ 1,7 bilhão às instituições, com um esforço conjunto para superar a crise financeira dos hospitais filantrópicos, que respondem por mais de 70% do atendimento pelo SUS no estado. “Implantamos uma estratégia que enfrenta os chamados vazios assistenciais, com a instalação ou ampliação de novos hospitais no interior, e com o fortalecimento das redes de atendimento especializado”, explica a secretária estadual de Saúde, Sandra Fagundes.
Com a destinação de 12% da receita líquida estadual para investimentos em Saúde, o Governo do Estado intensificou também a aplicação de recursos na criação de redes regionais de atenção à saúde, como as Redes de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede Cegonha e Rede Saúde da Pessoa com Deficiência. “Os hospitais têm papel fundamental nestas redes: são responsáveis por procedimentos de média e alta complexidade, em uma sequência integrada de cuidados e, pela relevância de sua contribuição, têm recebido atenção especial da gestão pública”, ressalta Sandra. No Rio Grande do Sul, a ampliação do financiamento estadual, a fixação de contratos e o cumprimento rigoroso do repasse de recursos para o custeio do funcionamento são medidas que sanearam financeiramente as instituições. Região Metropolitana - Para enfrentar o desafio da grande demanda que chega a Porto Alegre e mantém alta a ocupação de leitos e serviços no município, a Secretaria Estadual da Saúde trabalha na criação de um cinturão assistencial na região metropolitana, a fim de cercar a capital com hospitais ampliados e qualificados. Parte importante desta iniciativa são os mil novos leitos que serão ofertados na região do Vale do Gravataí, nos próximos dois anos, a partir de convênio firmado com a Fundação Universitária de Cardiologia.
O chamado cinturão inclui também a qualificação e ampliação dos hospitais de Taquari, Montenegro, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Taquara e São Jerônimo, que já contam com mais recursos do Estado. Complementa o conjunto de ações, a rede de assistência hospitalar integrada que será instalada na Costa Doce, com a ampliação de estabelecimentos nos municípios de Guaíba e Barra do Ribeiro.
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