Um acidente aéreo tirou a vida do candidato a Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), no final da manhã de ontem, 13/8, em Santos, interior de São Paulo. Campos decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em um avião modelo Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP), e caiu às 10h, depois de, ao se preparar para o pouco, arremeteu devido ao mau tempo. De acordo com a nota divulgada pela Aeronáutica, pouco depois o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. A queda ocorreu no bairro do Boqueirão, em área residencial da cidade.
Além de Eduardo Campos estavam no avião o assessor Pedro Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho (Percol), o fotografo oficial da campanha, Alexandre Gomes e Silva, Marcelo Lyra, staff da campanha e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Cunha. Não houve sobreviventes. A assessoria de Campos chegou a informar que a mulher do candidato, Renata, e o filho Miguel estavam no avião, mas logo a Aeronáutica desmentiu a informação.
Uma coincidência chama a atenção: Campos morreu no mesmo dia da morte do avô dele, Miguel Arraes, morto em 2005, e que foi governador de Pernambuco, assim como ele.
Campos se graduou em economia com apenas 20 anos e iniciou na política ainda na faculdade. Em 1986 participou da campanha que elegeu seu avo governador do Pernambuco e passou a atuar como seu chefe de gabinete; neste período foi responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Foi deputado estadual, deputado federal e se licenciou da Câmara para atuar no governo do avô como secretário de Governo e secretário da Fazenda; em 1988 voltou a disputar um novo mandato de deputado federal e atingiu o número recorde de 173.657 mil votos – o maior no estado – e teve grande destaque. Em 2004, assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia, tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em 2005 assumiu a presidência do PSB, cargo do qual se licenciou para concorrer ao governo do Pernambuco. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014 e reeleito governador em 2010, como governador mais bem votado do Brasil: mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno.
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