O papa Francisco recebeu pela primeira vez no Vaticano, seis vítimas de padres pedófilos, anunciou a Santa Sé. O grupo - dois alemães, dois britânicos e dois irlandeses - foi recebido pelo papa na Casa de Santa Marta, onde Jorge Mario Bergoglio mora desde que foi escolhido em março de 2013.
O encontro foi precedido por uma missa na capela.
Francisco anunciou o encontro privado no fim de maio. As associações de vítimas aguardavam a reunião e estavam surpresas por ainda não ter ocorrido. Elas avaliavam que o Vaticano não tinha feito o suficiente na luta contra a pedofilia.
O papa anunciou repetidamente “tolerância zero” e a vontade de impor “sanções muito severas”. Francisco comparou todo padre que abusa de uma criança a alguém que comete o pior sacrilégio, “uma missa negra”.
Ele criou uma comissão de peritos para a proteção da infância no seio das instituições da Igreja Católica.
O escândalo, revelado nos anos 2000, atingiu dezenas de milhares de crianças, em diferentes países, da Irlanda aos Estados Unidos.
Os fatos remontam às décadas de 1960 e 1970. A Igreja é acusada de ter tolerado e por vezes protegido os criminosos sem ouvir as vítimas.
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